capítulo 64: Alice Coolin- O fim.

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Acordei devagar com uma luz forte em meu rosto, que me forçava a continuar de olhos fechados.
-Ela ingeriu muita cefalexina, o que atacou o estômago, a mente e o corpo, vamos dar apenas mais algumas doses de calmante e soro, e ela logo terá alta.
Ouvi uma voz masculina, deveria ser um médico.
Por mais dopada que eu estivesse por conta dos remédios, eu ainda me lembrava da noite anterior.
Daquela maldita noite.
Porque ainda estou viva?
-Muito obrigada doutor, eu lhe agradeço por cuidar de minha filha.
-Ela correu riscos sérios, se não chegasse á tempo poderia estar morta, Mas foi bom conseguir salvá-la, sr. Coolin.
Meus olhos ardiam, e virei meu rosto para o lado.
-Ela está acordando.
Ouvi a voz da minha mãe.
Abri os olhos devagar, enquanto minha visão estava embaçada e sentia tudo rodando.
-Filha! Minha pequenininha! Eu achei que tinha perdido você!
Senti o calor dos braços da minha mãe, que foi um alívio pra mim.
-fala comigo minha menininha.
Esforcei ao máximo minha garganta seca para responder minha mãe.
-M-mãe...e-eu..sinto...m-muito.
Ela me abraçou novamente e beijou minha testa.
-Eu não te culpo minha princesinha, diz pra mamãe, porque você tomou todos aqueles comprimidos?
Engoli em seco, trêmula e ainda sem forças.
Me lembrei dele e comecei a chorar incontrolávelmente.
-Y-Yvan....ele...ele...
O médico veio até mim e pôs a mão em minha testa.
-Sra coolin, ela não pode se estressar, como tomou muitos remédios de tarja preta e agora está se recuperando é perigoso pra ela.
Minha mãe assentiu.
-Tudo bem, muito obrigada doutor.
-Qualquer coisa é só chamar.
O médico saiu e minha mãe se sentou ao meu lado na maca.
-Pronto querida, pode me dizer agora.
Estremeci enquanto acalmava o choro.
-Ele...e-ele..
Minha mãe sorriu e segurou minha mão.
-Yvan? Ah meu amor, ele está aqui agora, a companhia dele vai ajudar você a se recuperar, pobrezinho, ele está aqui desde a madrugada, desesperado querendo saber como você está, pode entrar meu filho.
Estremeci,senti meu coração apertar e minha mente rodar como se eu fosse desmaiar quando ele apareceu na porta.
Não! Eu não quero vê-lo nunca mais!
-NÃO!!!
Minha mãe me olhou sem entender
-oque houve filha??
ele veio em minha direção
-A-alice...e-eu...
Me senti mal, como se estivesse sendo apunhalada no estômago.
Ele veio levemente e segurou minha mão.
Eu tinha nojo do toque dele.
-NÃO!! ME SOLTA!!!
Joguei para longe a mão dele e no mesmo momento a agulha do soro que estava injetada em meu braço saiu com força de minhas veias.
-FILHA! AH MEU DEUS!! DOUTOR!
Yvan me olhou desesperado enquanto olhava para meu braço cheio de sangue e pegava alguns pedaços de algodão e trazia pra perto de mim.
-NÃO!!! EU PREFIRO MORRER A TER QUE SENTIR SEU TOQUE OUTRA VEZ!!!
revidei contra ele e senti uma forte dor de cabeça.
-Ai!
Gritei de dor
-FILHA! por favor deita e não fica nervosa!
Minha mãe me encostou na maca devagar e colocou um ban-deid em meu braço, senti uma  tontura horrível.
-Sra coolin...e-eu...
Ele dirigiu as palavras a minha mãe, que o olhou com reprovação.
-Você fez algo á minha filha, não fez lautner????
Ele engoliu em seco.
-S-sai daqui...por favor, não volta nunca mais.
Eu disse já sem forças
Ele abaixou a cabeça triste.
-Sair da sua vida?
Assenti ainda tonta
-da minha vida, daqui, de tudo.
Ele assentiu triste enquanto uma lágrima correu pelo seu rosto.
-Lembra que...eu te disse que nunca ia sair do seu lado, só se você me pedisse ?
-Diz logo e sai daqui, por favor..
Minha mãe apenas observou.
Ele engoliu em seco.
-então... você me pediu pra sair agora, então se isso te deixa melhor, eu estou indo.
Lágrimas caiam pelos meus olhos
-Vá logo...
Ele engoliu o choro e deu passos pra trás, indo até a porta.
-Adeus Alice.
Em seguida olhou para minha mãe.
-Adeus Sra coolin.
Ele saiu pela porta, deixando-me pra trás, e junto também deixou nossa história de amor, e eu a sepultei, como se ela nunca houvesse existido.













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