capítulo 63- Alice coolin: dor

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Corri como louca até chegar no apartamento da minha mãe, as memórias daquele momento passavam em minha mente como uma tortura psicológica, eu me esforçava pra não lembrar daquilo, mas eu ainda ouvia as palavras duras dele em minha mente.
Estava sendo tudo tão perfeito, eu estava me sentindo tão feliz como nunca me senti antes.
Nossa ida á TW, o pedido dele, nossas brincadeiras e risadas, os beijos, os cafés que amávamos tomar juntos.
Tudo isso se acabou tão rápido...
Eu estava destruída por dentro, como se estivessem me matado.
Eu precisava do abraço dele, daquele abraço forte que me trazia segurança.
Mas eu nunca mais teria isso.
E eu realmente não queria ter, por mais que me doesse e fizesse falta.
Ele mentiu pra mim, ele me machucou e eu nunca imaginei isso dele.
Entrei no apartamento e subi as escadas correndo, sem me importar com as pessoas que circulavam por ali, eu queria apenas ficar sozinha.
Cheguei a porta e procurei a chave no bolso, com as mãos trêmulas e os olhos cheios de lágrimas tentando abrir a fechadura.
Abri a porta e a fechei logo em seguida, corri para o quarto da minha mãe querendo apenas abafar um pouco da dor que sentia, eu faria tudo pra esquecer dele.
Pra esquecer que um dia eu o amei.
Fui até a cômoda ao lado da cama e peguei os remédios que minha mãe usava para abaixar a hipertensão.
Sem pensar muito tomei alguns comprimidos com um pouco de água da torneira e depois de alguns instantes comecei a tremer e a tossir muito, estava tonta e com ânsia, eu sabia que os remédios estavam fazendo efeito e que eu teria paz agora.
Eu iria esquecer dele.
Meu corpo todo paralisou e cai no chão.
Caída e ainda tonta e com a visão embaçada vi a porta da frente se abrir, e minha mãe entrou em desespero enquanto corria até mim.
-ALICE!?!?FILHA!?!
Tentei responder, mas senti uma pontada em meu estômago e apaguei.



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