capítulo 56- alice coolin: Quiosque

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-Eu já te disse que eu amo você, que ninguém vai te substituir.
Ele forçou um sorriso pra me animar
-Você é a garota que eu sempre quis, Alice, eu só tinha medo de admitir e ser machucado por você.
Eu neguei e me encostei em seu ombro.
-Eu nunca te machucaria Yvan, você sabe disso.
As ondas do mar nos cercavam por completo enquanto eu estava abraçada á ele.
Era um momento tão perfeito.
Ficamos a manhã toda no mar, rimos, Brincamos como duas crianças sem supervisão.
Nadamos na água azul do mar.
E é claro que toda essa diversão também acabou em beijos.
Já estávamos cansados de tanta brincadeira e Resolvemos parar um pouco.
-Foi divertido, Alice.
Ele riu
-foi sim, muito legal.
Nós nadamos um pouco até a parte rasa e saímos do mar, o sol estava totalmente quente.
- E então, está com fome?
Ele disse e passou seu braço por trás de minha cintura.
-Acho que apenas sede.
Ele assentiu.
-Eu também, Não sabia que o Rio de janeiro era quente até esse ponto.
-Sim.
Yvan olhou para um quiosque de palha com algumas cadeiras na frente.
-Você quer um refrigerante? Uma água de côco, ou sei lá?
Assenti.
-Vou querer um refrigerante.
-Tá amor, vou só ali, pegar minha camiseta e já venho, pode ir pro quiosque.
Assenti.
-Tudo bem.
Ele sorriu e foi até a praia.
E eu me virei em direção ao quiosque.
Era uma enorme cobertura de palha, com um balcão de madeira bem polida, haviam algumas mesas de madeira também e bancos.
Era um bar, totalmente na praia.
Espera. Bar?
Me arrepiei quando me sentei á uma mesa e pensei se Yvan iria pedir álcool.
Não, por favor não faça isso.
Eu pensei mentalmente e respirei fundo.
Quando olhei a minha frente ele já estava chegando.
Os olhos dele se voltaram pra praia a admirando.
Depois ele voltou sua atenção a mim.
-Demorei?
Ele disse e se sentou na cadeira ao meu lado.
-Não.
Eu disse séria.
-Oque foi princesa?
Ele perguntou aparentando estar confuso.
Suspirei fundo.
-O que você vai pedir?
Eu perguntei com meu coração disparado.
-Suco natural, por que?
Ele disse sem entender.
-Fiquei com medo de você pedir álcool.
Suspirei aliviada.
-Não amor, eu estou mantendo minha promessa.
Ele mexeu em meu cabelo e sorriu.
-Confia em mim Alice, não vou te magoar.
Me encostei em seu ombro.
-Eu confio em você, e espero que você também confie em mim.
Ele mordeu o lábio parecendo estar tenso.
-Eu vou tentar, mas ainda penso naqueles remédios que vi dentro da sua mala.
Neguei com a cabeça.
-Não fique corroendo isso, por favor, eu estou tentando, você está conseguindo mais rápido e eu ainda sinto dificuldades.
Ele riu.
-Conseguindo? Você não sabe o que é passar em frente á bares e ter que ver whiskys, vodkas e ficar querendo.
Não sabe o que é sentir cheiro de fumaça e lembrar do cigarro.
E o pior, você não sabe o que é ver uma droga de construção de quarto inacabada dentro de casa, e ter vontade de correr pra lá, pra se machucar e se punir pelos erros que TEM VONTADE DE COMETER!
ele respirou fundo e pôs as mãos sobre a cabeça.
-Alice olha, eu não estou dizendo que seu vício é mais fraco que o meu, até porque todos os vícios são ruins, não quero que você interprete desse jeito, tá? Vício mata, todos acabam assim, e eu quero te ajudar, e ficar do seu lado até você superar o seu.
Ele me abraçou forte e me deu um beijo na bochecha.
-Eu amo você Yvan, nós estamos juntos agora, eu vou cuidar de você sempre.
Ficamos um tempo abraçados até que o clima tenso abaixou e ele me soltou e deu um sorriso fraco.
-Vou pedir nossa bebida.
Assenti
- tudo bem.
Ele se levantou da cadeira.
-Refrigerante de cola? Ou de guaraná?
Ele me perguntou e eu sorri.
-De cola.
Ele devolveu o sorriso e foi até o balcão.
Olhei pro mar, suas ondas iam e vinham, o sol estava quente, era um lugar perfeito, com o homem perfeito.
Fora as discussões que tivemos no caminho e aqui, estava sendo a melhor viagem que eu poderia ter.
Ele logo chegou com uma garrafa de líquido amarronzado escuro e um copo grande de suco de laranja.
-Eu refrigerante princesa.
Eu peguei e ele se sentou do meu lado.











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