(Livro dois da série "os Soldados da Luz")
Sinopse: Uma manipuladora do caos. Depois de lutar contra o curandeiro da mansão dos soldados da luz, a origem de seu verdadeiro poder era apenas um dos mistérios que Theodora terá que enfrentar. A guerra c...
— Não. — Felipa interveio, olhando para mim. — Fui eu. Devo ter usado meu elemento em Theodora sem querer.
Ela tinha tentando me livrar. Stefano nos olhava em descrença. E eu balancei a cabeça, não deixaria Felipa mentir por mim, ainda mais para alguém que nós duas gostávamos. Olhei em volta a fim de ter certeza de que não éramos vigiados, e dei um passo em direção ao meu irmão. Ele pareceu parar de respirar, pela primeira vez vi seu olhar parecer assustado, e então preocupado.
— Não foi Felipa. — Comecei.
— Por toda nova república, Theodora. Como isso é ao menos possível? — Ele perguntou.
— Não acho que devíamos discutir isso aqui. — Felipa falou. — Vamos até nosso quarto.
Assenti.
— Acho que devemos ir para a sala do nosso pai. — Stefano tentou, me fazendo franzir o lábios. — Sei que ainda não teve genética, Theodora, não entende o que isso realmente significa. Não existe maneira de uma pessoa ter dois elementos. Biologicamente, é impossível. Se um humano carregar mais de um gene mutante de manipulação, seu desenvolvimento embrionário é falho. Uma criança assim nunca nasceria.
— Merd... Fezes. — Ouvi Felipa suspirar.
Engoli seco. Não era tão impossível assim afinal. Stefano olhava para meu rosto intensamente, nunca tinha visto aquele olhar em meu irmão. Medo, não de mim, mas pelo que poderia acontecer. Eu não era uma especialista, mas já tinha uma ideia do que aquilo poderia significar. As peças se juntaram lentamente em minha mente. Os anti. A ordem. Minha mãe.
— Está dizendo que...
— Vamos ver Jase. — Felipa nos interrompeu.
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— Stefano, eu estava preste a... — Ouvi a voz de Jase assim que a porta de sua sala vazia se abriu.
Stefano entrou na sala, sem esperar por convite, seguido de Felipa, e então por mim.
— Aconteceu algo? — Ele perguntou subitamente alarmado.
Stefano olhou para mim, esperando, e então Jase olhou para mim. A situação ficando cada vez mais estranha e constrangedora. Procurei em minha mente pelos fatos, pelos acontecimentos do dia em que tinha descoberto minha segunda manipulação, tudo parecia turvo e confuso. Eu ainda tinha pesadelos com as torturas de Jessè, e de suas bolhas de água.
— Comece do inicio. — Felipa sugeriu.
— Foi quando Stefano caiu.
Jase abriu a boca para formular uma pergunta, mas um olhar de Stefano o fez se calar.
— Ele estava imóvel demais. — Me lembrei. — Eu pensei que estivesse... Morto.
Suspirei uma vez e olhei para o chão, não conseguiria suportar os olhares que eu sabia que me lançavam. Tinha sido por isso que não tinha falado nada. Se eu não contasse, então não tinha que lembrar, e eu podia fingir que nada não passava de algo distante.