TREZE - Base

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Assim que entrei na van escura, deixei meus olhos se fecharem. Minha cabeça girava sem entender o que tinha acabado de acontecer, e não tinha vontade de tentar pensar em qualquer coisa naquele momento. O corpo de Raphael apoiou o meu, e seus braços envolveram minha cintura.

— Estão todos prontos? — A mulher que tinha se apresentado como Gava perguntou antes de assumir o volante.

Alguns grunhidos de assentimento de Felipa e logo estávamos andando.

Dei um suspiro pesado e Raphael me acomodou ainda mais em seu peito forte. O sono me tomou a medida em que aquele abraço me relaxava cada vez mais.



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Acordei em um lugar claro demais. As vozes ao meu redor estavam baixas e contidas e cessaram assim que meus olhos abriram ligeiramente, tentando me acostumar com a luz do lugar. O cheiro de álcool denunciou que estávamos em algum lugar de curandeiros e, quando meu olhar se focou em Ka soube que estava certa.

— Deveria descansar mais. — A voz de Jase chamou minha atenção. — Acaba de passar de meia noite. Todos já estão bem e devem estar dormindo agora.

— Seu pai tem razão. — A curandeira falou. — Não dormiu nem cinco horas e seu corpo precisa de descanso para se recuperar de tudo aquilo.

Olhei ao redor. Jade e Ka eram os únicos no lugar, não pude esconder minha ansiedade para ver um manipulador de fogo.

— Raphael está com Stefano no dormitório agora. — Jase respondeu minha pergunta antes que eu pudesse fazê-la. — Ele estava quase tão esgotado quanto você.

Franzi o cenho.

— A habilidade secundária de Raphael gasta sua força física como qualquer outra. Ele pode ser invulnerável, mas o poder que demonstrou mais cedo foi quase forte demais para ele... — Ka falou

— Ka... — Jase tentou, mas a manipuladora de água não se conteve.

— Raphael chegou aqui com inúmeros hematomas e danos internos. Se tivesse demorado mais alguns segundos você o iria ter fritado de dentro para fora.

Minhas memórias tentavam se agrupar e fazer algum sentido enquanto Ka despejava sobre mim o que eu já sabia que tinha feito.

— Eu... — Tentei forçar palavras para fora de minha garganta seca, que horas atrás queimava como se tivesse engolido brasas. — Pensei que tinha morrido. Eu vi o treinador matar você então não consegui controlar e... o que aconteceu? Onde estamos?

Jase olhou para a curandeira, que verificava vários papéis e revirava gavetas como se já conhecesse tudo por ali.

— Grande parte disso foi minha culpa. Eu devia ter percebido.

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