Uma Simples Doença Sem Cura

Capítulo 25- ÚLTIMO CAPÍTULO

Boa leitura! (A raiz do mal reside no fato de se insistir demasiadamente que no êxito da competição está a principal fonte de felicidade.- Bertrand Russel)

Os médicos faziam de tudo para conseguir salvar Sasha, estava uma agitação total no quarto em que as duas estavam isoladas e Darcey não sabia mais como a reagir a tal situação, e se aquilo acontecesse de verdade? Como iam reagir os seus pais? Como Sienna ia reagir ao saber que a sua melhor amiga que doou o rim que ela tanto precisava foi embora? Era demais, era demais para todos, ninguém ia aguentar.

De repente, todos pararam, não sabia o que tinha acontecido, viu o médico a vir em sua direcção e começaram a jorrar as lágrimas.

- Srt. Darcey, Sasha teve complicações cardiovasculares mas conseguimos salvá-la, ela ainda está muito fraca e vai precisar de ficar no isolamento por muito mais tempo do que pensávamos. Por outro lado, o transplante foi um sucesso, Sienna não teve complicações durante ou após e tudo correu bem, mas o cuidado agora redobra, ela terá de seguir uma dieta restrita e continuar a fazer a hemodiálise para permitir que o novo rim se habitue ao organismo e evitarmos que o mesmo seja rejeitado.

- O que acontece se o organismo rejeitar o rim?- Perguntou aliviada pelas boas notícias.

-  Bem, neste caso será mais difícil que o próprio transplante, a chance de sobrevivência a estes casos é baixa, mas com a medicação que ela tomará as chances de rejeição serão baixas caso ela siga direitinho as instruções que darei.

- Obrigada! Muito Obrigada por ter salvo a vida da Sienna e de Sasha, o senhor é um anjo!- Disse indo para a janela onde se podia observar as duas. Sabia que durante as primeiras semanas não podia entrar no quarto e nem se aproximar da filha devido ao risco de infecções, mas isto pouco lhe importava desde que estivesse bem. Agora sim, sentia-se feliz, tudo pelo que havia passado havia valido a pena.

-Deanna-

Deanna entregou a arma ao laboratório e voltou para o carro para levar Marco a casa, ele ainda não estava completamente bem, apesar de não ter se ferido gravemente, precisava descansar, foi um milagre ele ter saído da explosão sem estar morto. Chegaram a casa de Marco, e Deanna se surpreendeu com o tamanho que esta albergava,  agora tinha entendido o porquê de apenas atrair mulheres interesseiras para a sua vida, porém ela não era. Com ajuda dos trabalhadores da casa levaram-no para o quarto. Deanna sentou ao seu lado na cama e observou-o enquanto este olhava para a janela.

- Em que tanto pensas Marco? Devias estar a dormir, ficar confortável, estás em casa agora.

- Eu, bem, nós devíamos estar na organização a investigar aquele bandido de meia tigela, enquanto estamos aqui em casa sabe-se lá o que ele pode estar a fazer, a planear contra nós.

- Não te preocupes, ele não fará nada, além disso, tiveste um acidente e pelo que eu sei não és nenhum homem-de-ferro que após ter sofrido uma explosão vai para o escritório usar teclas.

- Eu sei, mas já pensaste na opção que ele tenha feito de propósito para ouvires a chamada e dizeres-me sobre a fuga e assim nem termos tempo de planear correctamente a nossa missão e cairmos numa armadilha? Esse homem é mais perigoso do que nós pensamos Deanna, eu não vou poder trabalhar durante uns dias mas terás de ter cuidado com ele na organização.

- Já pensei nisso sim, mas agora já passou, descansa, vai tudo correr bem.- Disse deitando ao seu lado. Esperou que ele adormecesse e correu para a organização, já tinham se passado algumas horas e talvez ela própria tenha adormecido e nem dado conta. Chegando, não encontrou Keith em nenhum sítio então correu para o laboratório, já estavam prontos os resultados.