IV

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    O silêncio era realmente desconfortável naquela sala. Eles se dividiam nas caretas enquanto eu não sabia qual reação ter. Em algum momento Jun, que estava atrás da caixa de som, desligou a música e voltou a nos encarar com aquela expressão compartilhada de "o que diabos vocês fazem aqui?".

    De repente Wonwoo virou para Mingyu, que estava ao seu lado, e desferiu um tapa consideravelmente forte no braço do mais alto. Os olhares se voltaram para os dois e a bagunça começou depois que Wonwoo disse:

    - Isso é culpa do Mingyu, eu disse para ele não deixar Jeonghan ver ele saindo.

    - Mas ele estava dormindo. - o outro tentou se defender. - Ou pelo menos fingindo. É culpa do Seokmin que fala muito alto no telefone.

    - Minha culpa? - Seok exclamou adotando uma expressão ofendida. - Eu não precisaria gritar se o Jun não tivesse aumentado o volume da música.

    - Foi o Chan que mandou eu aumentar! - Junhui se defendeu cruzando os braços.

    - Chega de briga! - gritou Hansol fazendo todos se calarem. - Agora não adianta achar um culpado, eles já nos encontraram aqui, não tem muito o que fazer.

    - Espera. - Seungkwan deu um passo a frente apontando o dedo indicador para o grupo de jovens a nossa frente. - Onde é que a gente está?

    - Kwan, fica quieto. - Minghao o puxou pelo braço fazendo-o voltar para sua posição inicial.

    - Nós podíamos bater na cabeça deles com uma frigideira. - Jisoo, que estava em completo silêncio até então, se pronunciou. Suas palavras deixaram seus amigos, e nós intrusos, confusos.

    - Por que faríamos isso? - Chan questionou o que todos queríamos saber.

   Jisoo adotou uma expressão que dizia "mas não é óbvio?" e pronunciou como se fosse a coisa mais comum do mundo:

    - Nos desenhos eles sempre levam uma pancada na cabeça e esquecem o que estava acontecendo, pode dar certo com eles.

    O cômodo ficou em total silêncio sendo possível ouvir os grilos cantando ao lado de fora. Eu não sabia se ficava assustado, ria ou começava a correr das loucuras daquele grupo.

    - Seokmin, eu já não te disse para não embebedar seu namorado? - Seungcheol esbravejou cruzando os braços enquanto mantinha uma expressão quase que brava no rosto. O acusado também cruzou os braços fazendo um bico infantil nos lábios enquanto dizia:

    - Eu não dei bebida para ele.

    - Jeonghan? - Seungkwan sussurrou em meu ouvido agarrado ao meu braço, Minghao se aproximou de nós para poder ouvir o que Kwan tinha a dizer. - Pergunta de utilidade pública: onde nós nos metemos mesmo?

    - Se você descobrir a resposta, por favor, me conte porque eu realmente não sei. - respondi em um sussurro, mas os outros nos ouviram e se viraram para nós.

    - Eu acho que podemos contar para eles. - Jun se pronunciou dando de ombros. Ele estava perto do som, mas se aproximou de nós encarando Minghao intensamente. Se a situação não estivesse levemente tensa eu faria uma piadinha maliciosa para constrangê-los. - Eu conheço Hao e sei que ele não contaria para ninguém.

    - Mas e os outros dois? - Soonyoung questionou nos olhando desconfiado, sua sobrancelha levantada e as mãos pequenas apoiadas em sua cintura demonstravam isso.

    Seungkwan adotou uma expressão ofendida sendo extremamente dramático.

    - Primeiramente, nós temos nomes. - apoiou a mão, que não estava agarrada em mim, na cintura fazendo seu papel e completou: - Segundamente, não quero ser cúmplice de um assassinato, se for isso que vocês escondem.

Le RoseyOnde histórias criam vida. Descubra agora