Vida Que Segue - Parte 2

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Ok, eu sou o maior azarado do mundo.

Justo hoje que marquei de me encontrar com Samantha um assassino resolve aparecer.

Quando por fim descobrimos onde ele estava, ele decide fugir.

Agora estou dentro de um carro, junto com Antônio e Martin, a mais ou menos 120 km/hr!

O infeliz a nossa frente aumenta a velocidade e em seguida reduz.

Nós fazemos o mesmo.

Por fim, ele entra em um caminho sem asfalto.

Nós continuamos o seguindo.

De repente o carro dele começa a fazer zigue-zague e bate fortemente no barranco. Todo ensanguentado, ele sai cambaleando segurando uma arma. Ele tenta correr.

— Vamos cercá-lo. — Martin diz firmemente.

Eu corro a direita, Martin à esquerda e Antônio segue reto.

Por fim, conseguimos ultrapassá-lo.

— PARADO! — Grito primeiro.

Ele começa a trocar tiros comigo, acertando meu colete.

Ufa! Que bom que lembrei de colocá-lo.

Enquanto ele se distrai comigo, Martin vai por trás e dá uma coronhada no pescoço o fazendo cair. Em seguida coloca as algemas.

***

Quando chegamos à delegacia todos nos aplaudem.

Percebo que poucas pessoas ainda estão aqui. Olho para o relógio e vejo que já são dez horas da noite.

Levo minha mão à testa.

Esqueci do jantar.

Pego meu celular e vejo duas ligações perdidas. Ambas de Samantha. Retorno e ela atende no segundo toque.

"Oi, Rafa..." — Sua voz está um pouco sonolenta.

— Desculpe, Sam. —Suspiro, deprimido...

"Tudo bem. Pelo menos pegaram o assassino?"

— Sim! Depois de fazer cosplay de "Velozes e Furiosos" ... — Ouço o som de sua risadinha nasal.

"Na falta de novos atores, irei indicar vocês."

— Ainda é tarde para um lanche? Queria te dar uma lembrancinha que comprei pra você...

"Tudo bem. É só não demorar muito."

Meu coração dispara.

— Já estou indo para aí!

Desligo e vou correndo para o vestiário da delegacia. Tomo um banho e visto uma roupa que havia no meu armário.

Não é grandes coisas, mas ao menos não está ensanguentada.

***

Quando paro o carro em frente a casa de Samantha eu a aviso por mensagem então ela vem ao meu encontro.

Quando ela aparece, está linda.

Uma calça jeans rasgada nos joelhos, uma blusa branca de alcinhas com estampa do pica-pau e um tênis da Adidas. Seu cabelo está solto.

Fico a admirando.

Quando ela se aproxima eu fico na dúvida se estendo minha mão ou se a puxo para um abraço.

Opto pelo segundo.

Quando nos separamos do abraço que durou um pouco mais do que os de pessoas normais, ela diz enquanto sorri:

— Você foi realmente rápido!

— Dei o meu máximo. Não queria te dar outro bolo.

Sorrimos então entramos no carro.

— É minha primeira vez andando de Saveiro.

— Olha, que honra! — Digo e ela sorri.

Enquanto procuramos um local para comermos conversamos sobre tudo.

Ela me disse que quando não está na delegacia, está em casa. Que seu jogo favorito é um tal de Free Fire e que é apaixonada por livros e séries.

Eu também falo para ela sobre Ryan e sobre os dramas de mamãe. Falo sobre o tempo que passei no hospital e das incertezas quanto a se tornar policial.

Após um longo tempo praticamente circulando pela cidade, avistamos um carro vendendo Hot-dog.

Quando terminamos eu a levei para a casa dela.

— Chegamos... — Digo um pouco frustrado quando estaciono o carro.

Saímos do carro e ficamos encostados nele por um tempo.

— Eu gostei muito do nosso passeio... — Ela diz olhando para os pés.

— Eu também gostei muito. — Ela me encara então eu a fito. Ela é tão linda...

Por impulso, ou instinto ou seja lá o que for, eu a puxei para um abraço.

— Eu me sinto tão bem quando estou com você...

Antes que ela respondesse eu a beijo. Um beijo lento e apaixonado.

Ela retribui, me fazendo o homem mais feliz do mundo.

Quando estávamos sem fôlego e nos separamos, ficamos olhando um para o outro.

— Eu tenho um presente para você... — Digo enquanto pego uma caixinha em meu bolso.

Ela abre e fica olhando sem falar nada.

Será que ela não gostou?!

— Eu amei! — Disse ela pulando em meu pescoço.

— Deixe eu colocar em você...

Ela se vira e eu coloco o cordão em torno de seu pescoço. Ele é simples. É de prata e tem um pingente escrito "FOREVER".

***

O dia seguinte foi normal. Por incrível que pareça não tivemos nenhum caso de última hora, então focamos em alguns que estavam atrasados.

Samantha e eu concordamos em não demonstrar afeto no trabalho. Ser o mais profissional possível... Exceto quanto não tiver ninguém olhando. Obviamente.

Quando estávamos quase encerrando o expediente tomamos um susto.

Entra na delegacia, enquanto se apoia na parede, uma mulher descabelada, com o olho esquerdo roxo, o nariz sangrando e quase não parando em pé.

Enquanto ela se aproxima eu a reconheço.

É Vanessa!

Antônio e Martin também a reconhecem. Corremos até ela.

— O que aconteceu, Vanessa? — Martin fala desesperado.

— Eles... Ele... Me encontrou...

— Ele quem Vanessa? — Pergunto a segurando junto com Martin.

— Meu... Meu pai... — É sua última fala antes de desmaiar.

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Olá, pessoal!
Hoje vim trazer mais um capítulo para vocês. Tentei deixar esse o mais leve possível, após o capítulo passado que foi um pouco devastador.
Espero que tenham gostado!
Deixe seu voto e comente o que está achando...
Lembrando que chegamos ao último ciclo da história... Reta final 😭😭❤💔

Bjs 😘

RENDA-SE! A Casa Caiu...  (COMPLETO) (REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora