Respostas Inacabadas - Parte 2

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Ligo para meu pai. Eu não faço isso há muito tempo. Não sei se ele irá me atender.

"Alô"

— Pai, sou eu, o Rafael.

"Ué, lembrou que tem um pai? Não me diga que quebrou a cara novamente e agora quer pedir abrigo.."

— Por favor, me diz que não é verdade! — Eu digo quase gritando.

"O que não é verdade, garoto?"

— O tio Estevão... Ele está mesmo envolvido com coisas ilegais?

"Do que você está falando, Rafael? Que história é essa?"

Ele não sabia. Eu não sei se isso me deixa aliviado ou não.

— Obrigada, pai. É importante para mim saber que o Senhor não está metido nisso.

"Do que você está..."

Desligo antes de ele terminar de falar. O que provavelmente deve ter deixado-o puto.

***

Dois dias depois, Vanessa voltou à delegacia e abriu uma investigação contra seu pai e meu tio.

Nós estávamos muito envolvidos nisso, o que fez com que o Delegado Mateus ficasse nos observando de perto.

Dessa vez, eu fiquei junto à Vanessa na investigação.

Ela quis ir encontrar Joana, mãe de sua amiga Laura. Eu estava a caminho junto com ela.

Quando chegamos no endereço da mulher, Vanessa hesitou em apertar a campainha.

— Quer que eu faça isso? — Pergunto com um olhar compreensivo.

Ela assente então eu toco a campainha. O que faz uma pessoa gritar um "Já vou" lá de dentro.

— Pois não. — Uma jovem abre o portão e me encara. Depois olha para Vanessa. — Vanessa? É você? — Ela diz indo em direção dela e a abraçando.

— Poliana? Uau, você cresceu. — Vanessa diz meio sem jeito.

— Por onde você andou? Você nunca mais apareceu depois que a Lala... Você sabe.

— Eu mudei para outra cidade...

— Venha, minha tia vai gostar de ver você...

Nós entramos e Vanessa parecia desconfortável, então eu segurei firme a mão dela, fazendo-a me olhar agradecendo.

A senhora veio em nossa direção parando admirada quando viu Vanessa.

— Nessa?! Não acredito que veio até aqui! — Joana abraçou Vanessa que retribuiu. — Meu Deus, eu sempre me perguntei como você estava. Eu não te vi desde aquele dia. — Ela diz enquanto se afasta e segura as mãos de Vanessa. — Sentem-se! E este? É seu namorado?

— Não. — Vanessa responde um pouco corada. — Ele trabalha junto comigo...

Noto que Vanessa diz um pouco receosa. Acredito que ela tenha medo de abrir novamente uma ferida no coração de Joana.

— Ah sim! E em que vocês trabalham?

— Somos Policiais. — Respondo no lugar de Vanessa, percebendo seu desconforto.

— Ah meu Deus! — Joana diz com um sorriso no rosto. — Como você pode ser tão parecida com Laura? Agora entendo porque vocês eram tão próximas. Até a profissão é a mesma. É uma pena você não ter tido a chance de trabalhar com ela...

— O quê? — Vanessa diz perplexa. — Laura era uma policial?

— Você não sabia? — Joana diz enquanto a jovem coloca alguns biscoito e café a nossa frente. — Ela fez o concurso para a polícia civil antes um pouco de terminar a faculdade. Ela se tornou uma investigadora...

RENDA-SE! A Casa Caiu...  (COMPLETO) (REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora