Nunca deixe o medo de errar impedir que você jogue.
Logan desperta em um hospital aos seis anos de idade, a única coisa de que ele sabe é o seu nome e o que contaram a ele. "Um menino encontrado a beira da estrada e adotado por um dono de um restau...
E Deus continua sussurrando: "Não desista, o melhor ainda está por vir".
Autor: Caio Fernando Abreu
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Carol
Depois de passar dois dias no hospital finalmente chegou o momento de ir para a casa. Com dificuldades Carol se levantou da maca, foi ao banheiro e com o auxílio de uma enfermeira vestiu um vestido leve, e calçou sandálias macias que traziam conforto para os pés.
Saiu do hospital caminhando lentamente, seu pai a esperava do lado de fora, ele abriu um sorriso acolhedor e abriu a porta da frente do carro para que ela entrasse sem dificuldades.
[...]
O caminho para a casa foi tranquilo, a não ser pelos pensamentos de Tayler que insistiam em ficar na cabeça de Carol, como um mosquitinho que fica voando na orelha trazendo um incomodo, uma irritação, não melhor uma raiva imensa.
"Como ele pode não se lembrar de mim?"
Ela realmente não conseguia entender por que estava tão irritada com aquilo, não aconteceu nada na noite do baile, nem mesmo sabiam os nomes um do outro.
"Idiota" - Pensou.
Ao chegar em casa Carol subiu as escadas com dificuldades, chegou ao seu quarto e tudo o que queria era tomar um banho e mergulhar em seus livros de romance estúpido. Tomou um longo banho, Tayler não saia de sua mente, ela tentou a todo custo espantar aqueles pensamentos, mas fracassou. Depois do banho colocou um pijama e deitou-se em sua cama confortável, pegou o livro que estava no criado mudo e folheou-o até a pagina que havia parado, começou a ler para espantar os pensamentos de Tayler que insistiam em voltar na sua memória.
Parou de ler quando ouviu alguém bater na porta, seu pai abriu a porta com um sorriso no rosto, ele carregava uma bandeja cheia de seus doces favoritos e um suco natural.
- Olá, princesinha. Está com fome? - Perguntou depositando a bandeja no colo de sua filha. Colocou o suco sobre o criado mudo e a olhou analisando seu rosto. - Você está bem? - Perguntou e ela manejou a cabeça positivamente. - Se precisar de alguma coisa estarei aqui. - Ele depositou um beijo em sua testa e se retirou.
Carol comeu os doces e bebeu o suco, fechou seu livro e dormiu o resto da tarde, quando abriu os olhos já era noite e as estrelas brilhavam cintilantes no céu azul escuro. Encarou seu relógio e viu que já era meia noite.
"Como pude dormir por tanto tempo? Também eu quase não dormi naquele hospital barulhento e iluminado."
Assim que levantou com dificuldades da cama, Tayler voltou aos seus pensamentos, a última pessoa que ela queria pensar naquele momento era nele. Arrumou seus cabelos bagunçados e acendeu a luz fraca de sua escrivaninha, se olhou no espelho e percebeu o quanto estava horrível, uma lágrima involuntária surgiu em seu rosto, ela ainda desejava estar morta. Respirou fundo e abriu uma gaveta oculta de sua escrivaninha, retirou dali um veneno e o encarou, fechou os olhos e ia o levar a boca quando ouviu um barulho em sua janela, ela se virou assustada e estava a ponto de gritar quando uma mão tampou a sua boca.
