Gwen retornou a Nova Iorque com a difícil decisão de assinar o Tratado de Sokóvia como uma Super-Heroína independente e prestar seus serviços ao governo e a Fundação Vida. Enquanto espera por sua primeira missão, Gwen é encarregada de ajudar um nova...
Voltei para o consultório depois de alguns minutos. Ava e Peter conversavam do lado de fora e pareciam tranquilos. Achei que tivessem boas notícias.
— Ava, o Sean está bem?
— Sim, ele só havia desmaiado. Está com um falo feio na cabeça. Não quer vê-lo?
— Depois. Tenho que ver se Helena e Lily estão bem e depois ir até o apartamento de Tony, ver se ele precisa de alguma ajuda. A casa dele ficou uma bagunça.
— Também quero ver minha tia — Disse Peter — Vamos passar na casa dela antes de irmos ver o Sr. Stark?
— Claro. A gente se fala depois, Ava.
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Depois de termos visitado Helena, Lily e May, Peter e eu fomos diretamente para a casa de Tony. Ela ainda estava bem bagunçada do último ataque com várias armaduras pelo chão, mas eu estava certa de que Tony a reconstruiria logo. Falando em Tony, o mesmo estava sentado sobre o balcão próximo a cozinha, bebendo vodka tendo a companhia de Visão.
— Eu preciso pra ontem — Disse ele num tom elevado, dando um gole em sua bebida.
— Tony? — Chamei sua atenção.
— Oi, loirinha. Estava aqui resolvendo mais um dos nossos problemas.
— Se eu puder ajudar...
— Esse é o problema, ninguém pode além da bruxinha.
— Ah, está falando do controle mental de Lilah.
— Exato. Agora que a poeira baixou, podemos finalmente focar nisso. Quando a bruxinha gótica volta de Scotland? — Ele olha para Visão.
— Ela está aqui comigo, Sr. Stark. Como não assinou o tratado, ainda se mantém escondida.
— Prometo que ela estará a salvo aqui no meu prédio.
Visão assentiu, sem dizer nada e Tony continuou a beber sua vodka. Me sentindo um pouco cansada, sentei me ao seu lado no balcão, alheia a conversa que ele estava tendo com seu amigo. Só prestei atenção quando Visão fez uma pergunta referente a mim e ao Peter.
— Eu não entendo sua relação com eles... — Disse o androide — Eles são o que seus? Algum tipo de filhos adotados?
Tony engasgou-se e tossiu um pouco. Não pude evitar ficar curiosa com sua resposta.
— Não, eles não adotados.
— Sr. Stark — Peter entrou no meio da conversa — Posso usar seu laboratório para fazer mais fluído de teia? O meu acabou quando estava vindo para cá.
— Pirralho, use seu casaco e óculos de segurança. Não use o circuito elétrico a menos que eu esteja lá. Mude seus sapatos também.
— 'Tá bem — Peter sorri e vai em direção ao elevador.
— Ei, pirralho, espera — Tony o chamou — Já comeu alguma coisa hoje?
— Hm... Não.
— Então, o que você quer comer no jantar?
— Que tal pizza? Com abacaxi, por favor.
— Fez o trabalho da faculdade?
— Quase. Sr. Stark, por favor, poderia me ajudar com a teoria da mecânica quântica?
— Claro.
— Obrigado, Sr. Stark! — Peter disse, animado.
— Imagina, garoto.
Peter adentrou o elevador, parecendo estar feliz. Enquanto eu observava a cena toda de queixo caído, Visão olhava com curiosidade para Tony.
— Bem, Sr. Stark, acho que isso respondeu a minha pergunta.
— O quê?
Tony o olhou por um breve instante, antes de virar-se para mim.
— Eu não vi nada. Nada! — Falei indo em direção ao elevador.
— Ei, vai aonde?
— Relaxa. Volto antes das dez... Papai — Falei um tom brincalhão, tentando provocar Tony mas o mesmo acabou rindo.
Apesar da brincadeira, era verdade que eu via Tony como uma figura quase paterna. Ele fez tanto por mim e cuidou-me que isto não poderia ser diferente. Com Peter a ligação já era mais forte, já que o mesmo perdeu o pai muito cedo e talvez o visse em Tony.
O fato é que Tony Stark é um cara incrível e e nós dois éramos sortudos por tê-lo em nossas vidas.
Depois que o elevador abriu a porta já no laboratório, caminhei a passos largos pelo local vendo Peter sentado a mesa já com seu casaco e óculos de proteção, preparando o fluido de teia. Fiquei a sua frente, chamando sua atenção obviamente.
— É melhor você pegar um casaco. Ou tirar o uniforme — Disse ele.
Optei por tirar o uniforme, ficando apenas de blusinha e legging. Peter adicionou um líquido laranja ao frasco e mexeu, dando "forma" ao fluído.
— Comida? — Perguntou Cookie.
— Não.
— O que? — Peter me olhou, confuso.
— Nada.
Pete colocou o frasco com o fluido em um armário e voltou para a mesa, tirando seu casaco e óculos. Apesar de tudo, ele estava de bom humor.
— Então, quando vai me apresentar seu novo amigo simbionte?
— Você sabe?
— A, você não é de falar sozinha e B, eu vi vocês dois atacando o Ultron.
Ok, então.
— Aparece, Cookie.
Cookie fez a mesma coisa de quando estávamos no terraço do QG, aparecendo apenas a cabeça e os olhões. Nunca vou me acostumar com isso.
— Venom não fazia isso — Observou Peter.
— Tinha algo errado com aquele simbionte, mas isso está nas mãos da Fundação Vida agora.
— E esse aí? É bonzinho?
— Só com quem eu quero — Respondeu Cookie, ficando em cima da mesa mas ainda mantendo parte de seu corpo grudado em meu braço.
Vai achando, pensei e Cookie vira pra mim me encarando.
— Então — Chamei a atenção de Pete para mim — Estava pensando... Se Tony não fizer nenhuma de suas famosas festas no Ano Novo, nós poderíamos ficar aqui com ele. Isso se ele não preferir ficar a sós com a Pepper.
— Eu não acho que a Pepper vá conseguir comemorar o Ano Novo. Ela administra várias empresas do Sr. Stark, provavelmente ficará bem ocupada.
— Então nós faremos companhia a ele.
— Você não existe — Ele sorri, puxando-me para um beijo.
