Capítulo 53

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— Você de novo, não — Reclamou Ultron.

— Vejo que ainda tem medo.

— De você?

— Da morte. Você é o último.

— Sabe que eu não vou morrer. Quando todos os humanos se forem, ainda restará a mim.

Visão não respondeu. Nesse ponto, Ultron estava certo — Quando todos nós morrermos, ainda restará as máquinas. Mas, felizmente, não estaríamos aqui para ver o inferno que esse mundo se tornaria.

— Vocês estão condenados.

Tony segurou meus dois ombros e me forçou a olhar para ele. Fiquei confusa quando o mesmo me pediu para fechar os olhos, mas eu fiz assim mesmo. Eu confiava no Tony.

Quando ele disse que eu podia abrir os olhos de novo, não vi a armadura. Apenas Visão em minha frente, tocando a jóia de sua testa. Podia jurar que ela estava brilhando.

— O que aconteceu? — Indaguei.

— Não precisa mais se preocupar. Ultron não nos causará mais problemas.

Hm... Ok.

— Gwen, volte para a base aérea e veja se tem feridos — Pediu Tony.

Assenti, atirando minha teia no prédio mais próximo.

— Felizmente não tivemos nenhuma baixa por aqui — Informou Agente Hill — Alguns se feriram, sim, quando a aeronave bateu no topo da Oscorp, mas nada grave

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— Felizmente não tivemos nenhuma baixa por aqui — Informou Agente Hill — Alguns se feriram, sim, quando a aeronave bateu no topo da Oscorp, mas nada grave. Teve apenas um caso que precisou ir urgente para o consultório do QG.

— Algum funcionário?

— Foi o Sean. Eu não sei o que aconteceu, mas Ava e Peter o levaram quando Shuri restaurou nosso controle.

Saí da base aérea e fui o mais rápido o possível para o QG. Lá estava bem movimentado, funcionários feridos chegavam quase que a todo momento para serem cuidados e medicados. Fui até a ala dos consultórios e encontrei Peter sentado em uma das cadeiras, ao lado de uma sala.

Assim que me aproximei, Peter se levantou e me abraçou dizendo que ficou preocupado por eu ter saído mesmo estando com o pé dolorido.

— Cookie me ajudou a me curar mais rapidamente.

— Quem é Cookie?

— Meu novo simbionte.

— Não é um nome muito fofo pra ele?

— Foi uma garotinha que colocou — Sorri fraco — E não vou mudar. Prefiro Cookie.

Peter sorriu, sem mostrar os dentes.

— E o Sean? Como é que ele 'tá?

— Ele bateu a cabeça durante a luta e tivemos que trazê-lo para cá. Ava ainda está na sala com ele. Ainda não sei como Sean está, mas o médico já vem nos dizer.

Espero que ele fique bem.

Peter e eu nos sentamos nas cadeiras e esperamos pelo médico. Depois de alguns minutos achei que esse tal médico estava demorando e comecei a ficar impaciente. Cadê esse homem?

Fome! — Cookie gritou me fazendo levantar, de repente.

Peter e outras pessoas que passavam pelo corredor me olharam confusas. Deus, que foi isso?

— Eu vou até a cantina — Avisei para Peter, já me afastando. — Finalmente falou alguma coisa.

Você nunca me perguntou nada — Respondeu Cookie.

— Você não é mau como o Carnificina não, né?

Não.

— E nem come cabeças, certo?

Não. Mas seu fígado me parece muito apetitoso agora.

— Já vou pegar sua comida. Calma.

Apressei o passo até a cantina. Quando cheguei no balcão, pedi algumas batatinhas fritas e refrigerante, já que o mesmo não vendia os cookies. Peguei o saco com as batatinhas e fui para o terraço, a fim de ficar sozinha.

— Isso foi tudo o que consegui pegar. Vê se não reclama.

Cookie apareceu a minha frente, apenas com sua cabeça. Ele parecia uma cobra estranha e confesso que me assustei quando ele apareceu desse jeito.

— S-suas batatas — Eu disse abrindo o pacote.

Cookie as comeu num piscar de olhos, mas não sumiu como eu havia imaginado que faria. Ele continuou ali me olhando.

— O quê?

Por que você tem medo de mim?

— Não é medo. Não tive uma boa experiência com outros simbiontes. Principalmente com o Carnificina. Ele meio que... Tentou me matar — Dei um pequeno gole em meu refri.

Eu não vou te matar, Gwen. Você é uma ótima hospedeira.

— Valeu — Sorri nervosa, embora fosse perceptível o tom sarcástico em minha voz — Já que você vai ficar, você só vai poder machucar pessoas do mal. E não venha me falar que nós podemos fazer o quisermos, porque não podemos. Se você se comportar, te empanturro de Cookies e o que mais você quiser. Fechou?

Como quiser.

— Você será um ótimo Kwami.

— O que é um Kwami?

— Deixa pra lá. Refri? — Ofereci a bebida ele, que, pegou com a boca e a virou bebendo todo o líquido.

Spider-Gwen: The new Spider - Livro VOnde histórias criam vida. Descubra agora