Capítulo 41

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Eu fui para o apartamento com a esperança de encontrar Peter por lá, mas o mesmo estava vazio. Nem mesmo Tessa estava lá.

Para não perder mais tempo, utilizei o rastreador do traje e vi que ele tinha ido para a casa de sua tia.

— Eh, loira, você pisou na bola — Ouvi a voz de Tony atrás de mim — Pisou feio.

— Ele não me deixou explicar...

— Então, explica, Gwen. Explique porque Peter pareceu magoado quando entrou no carro e pediu que fôssemos embora do QG.

Virei-me para Tony.

— Estava com ele?

— É, eu estava. Nós quatro íamos ao cinema ver o filme que o pirralho tanto queria. Eu, Pepper, Peter e você. Ele ficou semanas me pedindo isso, dizendo que estava indo bem na faculdade... E quando finalmente aceito, vocês brigam. O que você fez de tão errado, hein? Eu nunca vi Peter daquele jeito.

— Eu... Eu não contei a ele o que estava acontecendo comigo e agravei mais a situação.

— E o que está acontecendo com você?

Eu não sabia se Tony poderia me ajudar, mas ter alguém com quem falar sobre isso, com certeza, iria me deixar um pouco melhor. E eu confiava nele para contar qualquer coisa, então eu decidi lhe contar tudo. Tony ouviu cada palavra minha com atenção e pareceu preocupado quando eu disse que estava com dificuldades para resolver meu problema.

— Você devia ter me procurado antes, sabia? Eu sei de alguém que pode tirar esse controle mental que você tem.

— Quem?

— Wanda Maximoff. Ela conseguiu com a Helen Cho, talvez consiga com você também.

— Mas para saber onde ela está você teria que falar com o Capitão.

Ignorando meu comentário, Tony se abaixou a minha frente e se apoiando na ponta dos pés ele disse:

— Até quando vai esconder o que acontece com você de seus amigos e familiares? Acha que vai nos proteger fazendo isso? Eu escondi Ultron da minha equipe e sabe o que aconteceu? Ele destruiu Sokóvia. Gwen... — Ele segura minha mão — Loirinha, não cometa mais esse tipo de erro. Seus amigos, sua família... Todos nós amamos você, mas como poderemos ajudar se você não se abre

com a gente? Só... Não faça mais isso, ok?

— Ok, Sr. Stark. Eu só tenho mais uma pergunta... Quanto você bebeu dessa vez?

Tony riu fraco.

— Dois ou três copos. Aproveita que o efeito passa rápido.

Sorri, puxando-o para um abraço.

— Obrigada por tudo, Tony. E me desculpe por ter estragado a noite de cinema.

— Sem problemas, loirinha. Agora vá atrás do pirralho e concerte as coisas com ele.

Depois de ter tido essa conversa com Tony, eu me senti melhor e mais confiante em falar com Peter

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Depois de ter tido essa conversa com Tony, eu me senti melhor e mais confiante em falar com Peter. Agora que sei que eu realmente tenho uma chance de me libertar do controle de Lilah, talvez meu relacionamento não esteja arruinado. Isso se Peter estiver disposto a me ouvir.

O GPS do meu traje ainda indicava que Peter estava em sua casa e quando finalmente chego e bato em sua porta, sua tia May me recebe com um olhar questionador.

— Não é o que você está pensando, May. Houve um engano e...

— É, eu imaginei — Ela abre mais a porta para me dar passagem — Peter mal falou comigo quando chegou aqui em casa. Ele jogou a mochila dele em cima do sofá e foi direto para o quarto dele com a Tessa. Não saiu de

lá até agora. Eu não sei o que houve entre vocês, mas espero que se acertem logo. Não gosto de ver meu sobrinho assim.

— Eu também não, May. Vou falar com ele agora.

May assentiu, dizendo que eu poderia ir no quarto dele. A porta de Peter estava fechada e mesmo eu batendo e pedindo para que conversassemos, ele não abriu. Impaciente, girei a maçaneta e percebi que a porta estava aberta. Entrei.

Peter não estava no quarto, mas Tessa estava deitada em sua cama. A janela aberta e o uniforme sobre a cama indicavam que o mesmo havia saído sem sua tia tivesse se dado conta.

— Peter saiu pela janela. Eu vou tentar achar ele — Eu disse voltando para a sala.

— Não tem como você rastrear?

— Não quando ele está com o uniforme caseiro. Se ele voltar, pode dizer que eu preciso muito falar com ele?

May assentiu, sentando-se no sofá. Eu saí de sua casa com um ar confiante porque queria mostrar para May que eu tinha ideia de onde Peter poderia estar, mas a verdade é que eu não fazia ideia para onde ir. Então, eu resolvi ligar para ele, mas caiu na caixa postal para o meu azar.

— Pete, eu sei que está magoado e eu realmente quero te explicar tudo. Se não quer falar comigo, tudo bem... Mas volte para sua casa, pelo menos. Sua tia está preocupada. Ah, e não se preocupe, eu não estarei lá. Vou passar a noite na minha casa.

Assim que encerrei a ligação, vi a silhueta de um homem sentado na beirada de um prédio. Estava de costas e de capuz, mas acabei o reconhecendo por sua caixinha de música que estava ao seu lado. Me aproximei do mesmo e me sentei ao seu lado, olhando para a movimentação lá embaixo.

— É o seu primeiro Natal sozinho?

— É meu primeiro Natal sem a Vanessa — Respondeu Wade com um tom sério.

— Acho que estamos no mesmo barco.

— Brigou com o Petey?

— Não foi bem uma briga. Ele ouviu algo que não devia e agora está magoado.

— Ah, então a culpa é sua.

Afirmei com a cabeça, me virando para ele. Wade pegou sua caixinha de música e colocou-a no bolso do moletom, em seguida deitou com a cabeça em meu colo.

— Se importa se eu ficar aqui?

— Sabe que não.

— A noite toda?

Sorri fraco.

— É, a noite toda.

— Nesse caso... Feliz Natal, baixinha.

— Feliz Natal, Wade.

Spider-Gwen: The new Spider - Livro VOnde histórias criam vida. Descubra agora