Gwen retornou a Nova Iorque com a difícil decisão de assinar o Tratado de Sokóvia como uma Super-Heroína independente e prestar seus serviços ao governo e a Fundação Vida. Enquanto espera por sua primeira missão, Gwen é encarregada de ajudar um nova...
O Projeto Renascimento nada mais era do que introduzir um simbionte na pessoa para cumprir missões que soldados comuns não conseguiam. Além do traje alienígena, um dispositivo pequeno era inserido na pessoa para o caso dela ficar em simbiose por mais 48 horas. Esse era tempo para que Venom ficasse permanentemente e sem controle algum.
As missões seriam dadas através de pessoas confiáveis ou por mensagem secreta ao meu comunicador.
Essas eram algumas das informações que um cientista da Fundação Vida me contou, enquanto analisava o simbionte que estava em mim.
— Os simbiontes precisam de um organismo inteligente para servir de hospedeiro, Srta. Stacy. Entretanto, se o hospedeiro não tiver as características perfeitas para se tornar um guerreiro, o resultado é uma criatura má e sem propósitos ou senso de moral. Acredito que já teve que lutar com algum destes, não?
— Sim, uma vez.
— Dizem que os simbiontes são seres cruéis em que a única vontade é destruir tudo e todos a sua volta, mas isso não é verdade. Os Klyntar, assim como é chamada sua raça, são seres que acreditam em ajudar os outros. É o que eles tentam fazer, criando heróis através do processo de ligação à moral e fisicamente ideal.
Isso eu não sabia. Parece que finalmente a conversa com esse homem iria tomar um rumo interessante.
— Mas se eles são tão bons, como diz, por que alguns deles são tão diferentes? Como... Como o Carnificina, por exemplo — Perguntei.
— Hospedeiros que tenham desequilíbrios químicos e emocionais podem corromper os simbiontes para algo muito pior — Ele se vira para mim — Como o Carnificina. Por isso todo mundo pensa que eles são os vilões, por causa de algumas frutas podres no cesto.
— Quem diria... — Murmurei surpresa.
— Me parece que seu simbionte nunca teve contato com ninguém — Ele diz olhando pela lente de um microscópico — Não é violento e nem está tentando tomar o controle para ele mesmo. Deu sorte.
— Que bom — Sorri fraco.
— É, acho que está tudo bem.
— Então, já posso ir?
— Pode, claro.
Me levantei da cadeira descendo a manga de minha blusa. Além de ter pegado um pequeno pedaço do simbionte, o cientista pegou uma amostra de meu sangue sob ordens do governo. Não sei se eram para estudo ou outra coisa, só sei que queria sair dali o mais rápido possível. Estava prestes a sair de sua sala quando o doutor chamou minha atenção.
— Sr. Stacy, só mais uma coisa.
— Sim?
— Os simbiontes podem se reproduzir de forma assexuada, significa que eles podem ter "filhos" a qualquer momento. Se caso acontecer com seu simbionte, deve relatar imediatamente a Fundação Vida.
Eu não sei fico enojada ou assustada com essa informação, mas com certeza não fico aqui mais um minuto.
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Voltei para o QG dos Vingadores afim de ver se já havia alguma missão para mim. Encontrei com Maria Hill em um dos corredores e fiquei sabendo por meio dela que Fury estava na sala de treinamento com alguns agentes novatos e decidi ir vê-los, só por curiosidade.
Quando cheguei a sala, Fury já tinha acabado de falar com os novatos e estava prestes a sair quando me viu chegar.
— Oi, Fury.
— Justamente quem eu queria ver.
— Sério?
Fury praticamente jogou uma prancheta em minhas mãos, sem explicar nada.
— O q-que isso?
— Sua missão.
Olhei para o papel em minhas mãos e li o nome no cabeçalho.
— Sean Ward... Quem é esse?
— Seu novo aluno.
— Meu o quê?
— O Coulson pode te dar mais informações depois. Eu tenho que ir.
Atônita, observei o diretor desaparecer rapidamente pelo corredor. Um aluno? Que eu deveria ensinar? Mas por quê?
Com todas essas perguntas na cabeça comecei a procurar por Coulson por todo o QG, até encontrar com Maria Hill de novo. Ela não sabia muita coisa sobre essa missão ou sobre o garoto, mas soube dizer onde Coulson estava: na base aérea. Desde que voltei de Londres eu não tive tempo de ir até lá e nem sabia se meus amigos e os Guerreiros de Teia ainda viviam lá, mas ainda assim eu fui. Coulson estava no escritório de Fury olhando alguns papéis importantes quando cheguei.
— Coulson, posso falar com você?
— Claro, o que foi? — Perguntou sem tirar os olhos dos papéis.
— Pode me dizer que missão é essa que o Fury me deu? Quem é esse Sean Ward? Por que eu tenho que treinar ele?
— Nossa, quantas perguntas — Sorriu fraco — Você leu a ficha dele?
— Uh... Não.
— Leia e depois conversamos.
— ... Ok.
Recostei-me na cadeira e li a primeira linha: "Sean Ward, 17 anos, nacionalidade... Desconhecida". O quê?
Li com mais atenção.
"O garoto conhecido como Sean Ward foi deixado aqui na Terra pelo Sr. Strange, com a alegação de que o planeta natal de Sean foi destruído por um ser cósmico chamado Galactus."
— Isso é sério? — Perguntei fazendo Coulson me olhar — O planeta dele foi mesmo destruído?
— É o que parece.
— E por que Strange o deixou aqui na Terra?
Phil apontou para a prancheta indicando que eu devia continuar a ler. Ok, vamos a isso de novo.
Li alguns dados dele como altura e peso, mas nada me chamou mais atenção do que ler as habilidades dele.
— Ele é um Aranha?!
Coulson finalmente deixou de lado suas anotações para dar total atenção a nossa conversa.
— Sim, Gwen. Ele foi mordido por uma aranha modificada, assim como você. Mas ele não sabe como usar esses poderes.
— Como assim?
— O planeta dele foi destruído logo em seguida. Ele não teve tempo. Strange viu que precisava salvá-lo e o trouxe para nós, visto que temos um planeta bem protegido.
— Como Strange soube que ele seria picado?
— Como eu não sei. Mas depois dos vários assassinatos de Homens e Mulheres-Aranha causados por Morlun, Strange tem vigiado o "Aranhaverso" desde então.
Passei minhas mãos por meu cabelo um pouco tensa.
— Gwen — Phil chamou minha atenção — Ele não tem mais ninguém. Ele está assustado e confuso. Precisa ajudar ele.