Dores Reais!!!

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🐰POV - Seriphe Miashi

Corri o mais rápido que pude, mesmo mancando e sangrado muito, não quero continuar ali, desci as escadas aos tropeços, atravessei a sala e consigo chegar a porta da frente.

"Liberdade?"

Continuei correndo, sabia que LJ viria atrás de mim, pior, os três, mais não ia continuar ali, precisava tentar sobreviver.

Senti uma pontada horrível em minhas costas e meu corpo foi tomado por um misto de alegria por esta começando a sentir dor e pânico por que sabia que era LJ atrás de mim.
Me viro e vejo ele parado a uns três metros, segurando algumas facas, provavelmente, tenha lançado uma em minhas costas.

-Quer fazer isso do jeito fácil, difícil ou extreme?

Me viro e continuo correndo, corro o mais rápido que posso, sem olhar para trás, o olho cheio de lágrimas dificultou minha fuga, tropeçava nas raizes, os galhos batiam forte em meu rosto e corpo, mais mesmo assim, continuei sem hesitar.

Quando avisto de longe uma estrada de terra, um sorriso se forma em meu rosto, mais logo se desfez ao sentir meu braço se puxado bruscamente.

-Sua resistência me impressiona!

Laughing Jack me derruba sobre as raízes e vem sobre mim com uma faca nas mãos, passa a lâmina em meu rosto.

-Não sei o por que do Jack ter ficado tão puto com o que o Jeff te fez, ele deve sentir algo em relação a você, mais isso vai acabar agora!

Ele ergue a faca, protejo o rosto com os braços, sinto uma dor fina em minhas costas e Laughing é jogado longe, abro o olho e vejo ele se levantando furioso, algo em mim me impulsionou para a frente, me levanto e saio correndo, alcanço a estrada de terra e corro rumo a esquerda, não faço ideia para onde vou.

De longe vejo uma caminhonete, mesmo com a visão falhando, o corpo pedindo descanso, continuei caminhando, vejo a caminhonete parar e um homem descer desesperado, corre até mim e acabo desmaiando aos seus pés...

Algumas horas depois...

Acordo sentindo dores horríveis em todo o corpo, olho ao redor e levo alguns segundos para perceber que estou num quarto de hospital, estava sozinha, mais ao olhar para o canto, estava uma garota sentada na poltrona, ela me encarava com um olhar fixo, seus cabelos longos negros caiam como cascata sobre seus ombros, os olhos totalmente negros sem vida, a pele cinza, ela usava um vestido longo negros, se levanta lentamente e vem até mim.

-Quem é você?

Ela se aproxima da maca e toca em meu rosto.

-Todos me fazem essa pergunta, alguns me chamam de Viúva Negra, outros de Srª. Dos Mortos, Guia Espiritual, mais poucos são aqueles que descobrem quem sou e sobrevive... me chame de Morte!

Ela enfia sua unha em meu peito, um ruido escapou de minha garganta, eu queria gritar por ajuda, mais não conseguia sequer me mexer, ela gira a unha em meu peito e uma dormência tomou conta de mim.

-Pode não ter se tornado uma Creppy ainda, mais não vou correr o risco de ter mais uma para me atrapalhar!

Ela ergue a outra mão e suas unhas se tornam uma lâmina, ela ia me matar, por que todos querem me matar?

Antes dela conseguir cortar meu pescoço, vejo uma luz laranja em forma de abóbora atingir ela que é arremessada contra a parede, olho pro lado e vejo um garoto de cabelos laranjas com um sorriso maroto nos lábios rosados.

-Quem disse que ia ser fácil "Morte"!

Ele fez aspas ao dizer seu nome, a mulher furiosa puxa agulhas de algum lugar e joga no garoto que protege o rosto com o braço, ela me olha e sorri friamente.

-Você não terá proteção pelo resto da vida, vou garantir que todos eles morram diante seus olhos maldita Proxy!

Ela desaparece numa nuvem de poeira negra, o garoto vem até mim.

-Bom, acho que você está bem agora, melhor eu ir!

Ele caminha até a janela.

-Espere...

Ele se vira para mim de novo.

-Você também é um creppy pasta?

Ele coça a nuca confuso.

-Bom, meio que sim... é sou quase isso ai, me chamo Halloween Jake filho de Halloween Jack, suponho que o conheça como o cavaleiro que carrega uma abóbora no lugar da cabeça!

-E... por que me salvou?

Ele gargalha animado.

-Tenho minhas razões, até mais pequena!

Ela pula mortal pela janela e desaparece, logo a porta se abre e uma enfermeira junto a um médico entra.

-Me alegro em vê-la acordada senhorita Miashi, sou o Dr. James e esta e Miranda!

A enfermeira me ajuda a sentar na cama.

-Como cheguei aqui?

-Você foi trazida aqui por um fazendeiro, Sr. Hall, ele disse que a encontrou próximo a floresta, machucada e sangrando muito, consegue lembrar do que aconteceu?

Ele pega o prontuário que estava sob a mesinha ao lado.

-Não muito...

-Pois bem, ao que parece e pelo que o delegado Hugo disse, você foi vitima do serial killer que vem assassinando garotas aqui em Nova Jersey, mais você conseguiu fugir, isso é o mistério que Dr. Hugo quer solucionar!

"Se ele soubesse..."

Miranda verifica o soro e o sangue que estava recebendo.

-Você precisou se submeter a duas cirurgias, teve fraturas nas costelas e uma hemorragia interna, o que mais chamou atenção dos policiais e mija, foi a ausência de seu olho esquerdo!

Ele me olha desconfiado, levo a mão ao local onde deveria haver um olho e sinto ataduras.

-Não me lembro de como o perdi!

-Tudo bem, por enquanto precisará ficar sob observação e escolta policial, não vamos por em risco os outros pacientes nem enfermeiros, seu pai já foi avisado e disse que viria para cá a noite, agora, ira tomar um relaxante e dormir um pouco!

Miranda me entrega um comprimido branco e um copo d'água, o problema é que sabia que aquele comprimido não era relaxante nenhum, enfiei na boca e escondi embaixo da lingua, bebi um pouco d'água e fiz uma careta.

-Gosto de peixe!

-Logo, logo esse gosto vai passar, agora descanse, qualquer coisa, basta apertar esse botão e Miranda vira ajuda-la!

Afirmei, vejo os dois saírem, ao abrirem a porta vejo dois policiais parrudos na porta, armados com fuzis, Dr. James sussurra algo para eles e depois vai embora, a porta e trancada por fora.

Arranco as agulhas do soro e sangue e levanto meio zonza, vou até o banheiro e cuspi o comprimido na pia, lavei a boca e me olho no espelho, estou parecendo uma sobrevivente do Vietnã.

-Ao que parece, tenho uma mulher denominada Morte querendo me matar, policiais suspeitos e medico mais ainda no meu pé, três insanos malucos que me torturaram, um garoto misterioso que me salvou da Morte, estou no paraíso!

Ironizei, se esses policiais são suspeitos, não vou ficar aqui para descobrir se é verdade ou não.

Peguei os lençóis da cama e fiz uma enorme corda, não foi muito grande como esperava, mais vai da pro gasto, fui até a janela e noto que deve ser uma queda de quase seis metros, minhas amarras de lençóis darão conta.

Amarro uma das pontas na madeira da janela, e jogo o resto para fora, respiro fundo e olho para fora.

-Se sou mesmo uma proxy, devo sobreviver a uma queda dessas...

Pequena Proxy (CANCELADA) Onde histórias criam vida. Descubra agora