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Cherry

Depois de ter saído da Hope World — e de ter ouvido poucas e boas de Hoseok, Namjoon foi embora para a sua casa, pensando em tudo que já havia acontecido, por tudo que já havia passado desde que conheceu Min Yoongi.

Aquele garoto de pele extremamente branca e cabelos cor de menta não saia de seus pensamentos, e aquilo o deixava louco, mas era excitante, algo novo em sua vida. Yoongi era quase como um novo sabor que nunca havia provado antes, e talvez por isso estivesse morrendo de medo de realmente estar gostando do garoto.

Kim Namjoon se entendia como hetero, sempre se identificou assim, mas nunca sentiu prazer com uma mulher, não que ele fosse ruim no que fazia, mas sempre dava tudo de si e não era recompensado.

Quando chegou em casa foi direto para o banho quente, tentou relaxar seus músculos tensos, mas a cada minuto que passava os seus pais invadiam a sua mente. Se eles expulsaram a Jiwoo de casa por ser lésbica, óbvio que fariam a mesma coisa com ele, mas Namjoon já tinha a sua casa, visitava os pais uma vez a cada mês, talvez tivesse que adiar a viagem até Ilsan e ficar por Daegu, até ter certeza do que estava sentindo.

Saiu do chuveiro, ainda com a toalha amarrada em sua cintura, pegou seu celular e ligou para a sua irmã.

— Berry? Você ainda vai passar um tempo aqui, não vai?

—Vou sim, oppa. — A voz do outro lado da linha falava animada. — Na verdade, eu já estou indo até a sua casa, minha malinha já está pronta. Só estou esperando a Soo.

Meu deus como falava! Namjoon havia esquecido de que a sua irmã era uma tagarela.

— Ótimo, eu acho que tenho uma surpresa para você.

—Oppa! Não fale assim com a sua irmã, você sabe que eu sou ansiosa.

Namjoon riu da irmã, deu um tchau rápido e desligou o aparelho.

Logo após a ligação, se arrumou, colocou a roupa social, precisava ir apresentável para o trabalho. Escolheu uma blusa branca com botões, calça jeans preta e uma bota também preta. Namjoon era um tanto fashionista, adorava escolher e comprar roupas.

Foi de táxi até o prédio da sua editora, entrou no prédio usando o seu crachá e seguiu direto para o elevador, quando entrou viu Seungcheol segurando algumas pilhas de papéis, parecia estar sofrendo com o peso.

— Deixe-me pegar metade. — Namjoon falou, pegando alguns papeis, ajudando o rapaz que estava transpirando.

— Muito obrigado, Senhor Namjoon. — Disse aliviado.

— Não me chame de senhor, Seungcheol, já lhe disse isso.

E o rapaz sorriu, era bom ver o lado mais humano de Namjoon, quando ele estava focado no trabalho parecia assustador, mas sabia que isso era apenas uma fachada.

— Como está, Namjoon? Não está de ressaca?

O Kim riu um pouco, mesmo que tivesse tomado o remédio que Hoseok deixou em sua casa ainda sentia umas pontadas em sua cabeça.

— Só um pouco de dor de cabeça, você não bebe?

O rapaz negou.

— O Jeonghan é o pinguço da relação, eu sempre fico sóbrio para o aturar bêbado.

Namjoon gargalhou da fala do amigo de trabalho. O ajudou a levar os papéis até a sala, mas antes de sair, pousou a sua mão no ombro de Seungcheol, fazendo-o parar.

— Choi, muito obrigado por ter ido com a gente até a boate.

— Eu só aceitei seu convite, Namjoon. Foi uma ótima noite.