Capítulo XIV - O Confessionário

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[N/A]: Nhaíii!! Como vocês estão? De férias já, sem o que fazer da vida? Eu tô quase de férias, mas jamais de folga!

Madames e Monsieurs, trago-lhes humildemente mais um capítulo dessa saga e, ouso dizer, um dos meus favoritos. Por motivos de... Bom, vocês vão ver :3

Vejo vocês no fim da página!

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Após o grande alvoroço no quartel, equipes de busca vasculham a cidade atrás dos fugitivos rebeldes. Os galras estão empenhados em encontrar os estrangeiros, mas Keith e Lance já estão muito fora de seu alcance. A escuridão serve de manto para eles, enquanto para o exército se torna um empecilho.

Habituados à ambientação noturna, a dupla segue seu caminho sem hesitar pelos caminhos mal iluminados de Feyiv e acabam por retornar à base de Matt. O estabelecimento é o único que permanece aberto entre os comércios vizinhos, e a casa parece cheia e animada. Obviamente, nenhum dos presentes lá dentro se tratam de clientes, mas – sim – de uma tropa de rebeldes prontos para uma revolução. A bebida é servida a vontade aos convidados, para levantar os ânimos e dar forças ao conflito que se aproxima.

Lance e Keith caminham, despretensiosamente, em direção à entrada. Como se tivessem acabado de voltar de um passeio casual na cidade. Apesar das roupas surradas e a aparência desgrenhada indicarem a delinquência de sua pequena grande aventura na prisão.

Matt está do outro lado do salão, tendo uma conversa séria com alguns homens sobre os planos de ataque. Mas, assim que Keith e Lance entram pela porta, ele imediatamente pede licença aos ouvintes e se dirige a eles, desviando da aglomeração de pessoas.

- Então, os pássaros retornam ao ninho. – Matt os recepciona com uma expressão faceira. – Achei que não voltariam mais. O que aconteceu?

- Bom, tivemos que resolver alguns... Problemas pessoais. – Keith pousa a mão na nuca, denotando o dia cansativo. – Mas estamos de volta.

- Fico feliz por isso! E... Eu não deveria me preocupar com isso, deveria? – Matt olha Lance de cima a baixo, reparando na farda galra que ele adquiriu em sua ausência.

- Ah, não. É uma longa história, mas acredite... Foi um caso de extrema necessidade. Não tenho motivos pra mudar de lado, vai por mim.

- Não sendo uma questão de extremo mau gosto pra moda, por mim tudo bem. – Matt zomba.

- Nem morto! Ainda me resta um fio de bom senso. Sejamos francos: os galras tem um péssimo senso de estética.

- Tenho que concordar, você tá muito brega nisso. – Matt põe as mãos na cintura, com um sorriso debochado. – Enfim, vocês chegaram na hora certa! Já está tudo acertado pra rebelião, falta pouco pra começarmos o serviço. Vocês ainda estão dentro, não é?

Os dois se entreolham. Keith, obviamente, pretende dar continuidade à missão e vai fazer o que for preciso pela Resistência. Mas, Lance é um caso a parte. Não estava em seus planos se juntar à revolta.

- Claro que sim! – Lance diz com convicção e um olhar determinado.

Keith parece preocupado com a resposta, mas não tem tempo para contestar.

- Maravilha! – Matt sorri, satisfeito, e bate as mãos em uma palma entusiasmada. – Espero que sejam corajosos o suficiente: preciso de mais pessoas para fazer o cerco no palácio imperial. Seria ótimo ter vocês na linha de frente.

- Tudo bem! Sem problemas, vamos com você. – Lance aceita.

- Então, está combinado! Os grupos da barricada já estão se posicionando, mas ainda é um pouco cedo pra gente. Vamos esperar mais um pouco antes de sairmos, então podem descansar enquanto isso.

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