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     HARRY STYLES

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     HARRY STYLES

Olhei para a pasta em cima da mesa, e em seguida para o homem que havia acabado de se sentar na cadeira do outro lado. Peguei meu copo com uísque, o levei a boca e dei um gole, fazendo uma leve careta pelo gosto ruim e barato enquanto esperava que ele se pronunciasse.

– Você é o Hazza? – Foi a primeira coisa que disse.

Sua voz estava quebrada e ele estava inquieto, olhava para os lados constantemente e suava frio, nervoso. Seu cabelo grisalho estava bagunçado e ele possuía olheiras escuras, como se não conseguisse uma boa noite de sono há tempos. Parecia muito mais velho para alguém na casa dos quarenta.

– Respire fundo e se acalme, John. Não quer que ninguém nos note, quer?

Olhei discretamente, pelo ambiente escuro e desgastado daquele bar barato. Não havia muitas pessoas ali, e as que havia, estavam muito ocupadas curtindo a própria fossa para sequer nos notar. Contudo, todo cuidado era pouco.

– Não! Claro que não!

Peguei o envelope amarelo, me recostei na cadeira e cruzei as pernas, enquanto ele respirava ofegante repetidamente. Sua respiração era pesada e irritante, mas apenas respirei fundo e tentei não me aborrecer com aquilo. O pobre coitado já havia passado por coisas demais.

– Está tudo aqui?

Levantei o olhar, vendo gostas de suor caírem de seu rosto, molhando a sua já suada camisa social branca. Isso por que havíamos acabado de entrar no inverno em Nova York, nesse ritmo ele já teria derretido completamente em um verão no Brasil, por exemplo.

– Sim. Quinhentos mil dólares, como combinado. – Sussurrou a última parte. – Tem também foto, rotina e tudo o que eu consegui...

– Você tem certeza disso? – O interrompi antes que continuasse, estávamos em um lugar público afinal de contas.

– Sim. Ele... ele matou minha filha! – O nojo em sua voz era explícito. – Ela tinha apenas sete anos! Não é justo que ele fique livre! Se a polícia não o prenderá...

Ele passou a mão pelo rosto, claramente atordoado. Eu também ficaria se minha filha de sete anos fosse sequestrada, estuprada, e assassinada, e o filho da puta do culpado permanecesse livre por falta de evidências.

Para a sorte dele, eu não precisava de evidências, apenas de pagamento.

– Ele vai receber o que merece, John.

– Pela minha filha, Lizzie. – Assentiu, decidido.

Terminei o resto do meu uísque em um único gole, e coloquei uma nota de cinquenta dólares na mesa, seria uma puta de uma gorjeta para a porra de um uísque barato como aquele, mas eu estava sem notas menores. Então, com o envelope em mãos, eu me levantei e deixei aquele bar.

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