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     HARRY STYLES

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     HARRY STYLES

– Você sabe o que tem que fazer, Harry.

A voz do meu pai ecoou pela minha cabeça, trazendo medo e ansiedade ao meu corpo. E por mais que eu tentasse me concentrar, meu dedo tremia em cima do gatilho.

– Eu não sei se consigo, pai...

– Ou você puxa o gatilho, ou não é um homem. Não é meu filho.

– Desmond...

Minha mãe tentou intervir. Ela estava em pé no canto da sala, junto de Gemma, que apesar de ser mais nova que eu, observava tudo, curiosa. Minha mãe tentou intervir, mas assim como eu alguns anos atrás, ela havia chegado na fase de observar.

– Não, Annelise. Ele já está grandinho, tem que fazer ou nunca irá compreender.

– Não faz isso, por favor! Eu quero viver! – O homem implorava, entre lágrimas.

– Faça. Atire.

Meu pai colocou a mão em meu ombro, me encorajando. E eu fechei os olhos, sem conseguir olhar para o homem ajoelhado a minha frente.

– Não, garoto, por favor...

Puxei o gatilho. Esperei um, dois, três segundos, e abri os olhos, encarando horrorizado o corpo do homem estirado no chão, já sem vida. Senti nojo, ao ver todo aquele sangue espalhado a minha frente, e virei para o lado para vomitar. Assim que acabei, levei um susto quando meu pai puxou a arma da minha mão, aparentemente irritado.

– O que foi, pai? Eu fiz o que o senhor pediu.

– Você fechou os olhos. Um homem de verdade nunca fecha os olhos, ele encara o seu trabalho até o final e garante que ele foi terminado! E não me deixe nem começar a falar disso. – Ele apontou para o vômito.

– Desculpa, pai. Por favor, entenda...

– Eu entendo, filho. – Ele suspirou, passando a mão pelo meu cabelo em um leve carinho. – Gemma, vá até o telefone no meu escritório e ligue para o nosso médico.

– Mas papai, ele já está morto.

Gemma estranhou o pedido, apontando na direção do corpo, mas sem realmente conseguir olhar. Todo o sangue espalhado era gráfico demais, mesmo para ela, que apesar de nova, demonstrava mais vontade do que eu em obedecer o nosso pai.

– Eu sei. Só faça o que eu disse.

Gemma saiu da sala, se dirigindo ao escritório, e sem qualquer aviso, meu pai direcionou a arma para a minha perna e atirou.

Acordei de repente, com o som do tiro ainda ecoando pela minha mente, e me sentei na cama, passando a mão pelo rosto e olhos completamente frustrado por ter sonhado com essa lembrança mais uma vez. Não importa quanto tempo passe, ela parecia estar marcada em minha mente. Mesmo já tendo matado dezenas de pessoas depois disso, a primeira vez nunca deixaria de ser a mais traumatizante.

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