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     HARRY STYLES

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     HARRY STYLES

– E quanto a isso? – Charles perguntou, apontando para o convite.

Tentei não demonstrar emoção alguma quando me sentei no outro sofá de frente para ele, e estiquei a mão na direção de Isabella, para que ela viesse se sentar comigo. No entanto, assim que ela fez impulso para se levantar, Charles colocou a mão em sua coxa, empurrando-a de volta pro sofá. E como se isso já não fosse o suficiente para me irritar, ele deixou sua mão ali, alisando a pele dela. Isabella virou o rosto para o lado, claramente incomodada com o toque, e eu precisei respirar fundo e me segurar para não me descontrolar de tanta raiva que sentia.

– Brad foi quem me contatou primeiro e enviou o convite. Ele queria encomendar um trabalho. – Menti.

– Por que ele não veio até mim? Eu conheço vários como você. Inclusive o seu pai, Desmond.

– Ele comentou que você e Desmond eram velhos conhecidos. Mas não faria sentido algum ele ir até você.

– E porque não? – Perguntou convencido. Quase como se me desafiasse a o convencer de que o que eu falava era verdade.

– O trabalho era você.

Por essa ele não esperava. E na verdade, nem eu, já que estava improvisando tudo no caminho. A surpresa em seus olhos foi clara. Surpresa, raiva, dúvida, tristeza, decepção. Tudo se embaralhou por um momento e ele tirou a mão da coxa de Isabella, um pouco atordoado. Até que balançou a cabeça, e me olhou indignado.

– Ele nunca faria isso. Você está mentindo.

– Não estou.

Ele acenou para os seus capangas, e os dois apontaram suas armas para mim.

– Fale a verdade. Você o matou!

– Eu estou falando a verdade. – Insisti.

Fiz questão de não quebrar o contato visual por nenhum segundo, para mostrar confiança no que falava, mas ele não parecia convencido. Segurou Isabella pelo braço, e sacou a arma do seu coldre de peito, e a apontando para a cabeça dela. Lágrimas se acumularam nos olhos de Isabella, que aos poucos, foram escorrendo pelo seu rosto.

– Me fale a verdade, Harry. Ou os dois morrem agora.

– Eu estou...

Antes que eu terminasse, um dos seus capangas, o que havia me seguido, atirou em meu ombro, quase no meu peito. Isabella pôs a mão na boca para conter um grito, enquanto eu agarrei a espuma do sofá com força, tentando lidar com a dor.

– O tiro vai ser fatal da próxima vez. – Charles pressionou.

Mas eu não poderia contar a verdade a ele. Eu seria um homem morto se o fizesse.

– Brad me contatou e eu fui ao baile. Lá, ele me explicou que o trabalho seria você, e na mesma hora eu recusei a oferta e fui embora. Foi isso o que aconteceu. – Falei seriamente, da forma mais convivente possível. – Você conhece o meu pai! Se sabe como ele é, sabe que ele me ensinou a nunca aceitar trabalhos com figuras tão públicas. Por isso, eu recusei a oferta dele sobre você, e pelo mesmo motivo não encostei um dedo nele. O rosto do seu filho estava em todos os tabloides do país antes mesmo dele morrer!

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