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     ISABELLA MILLER

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     ISABELLA MILLER

A policia e os bombeiros chegaram, e em poucos minutos o local estava rodeado. Houve um pequeno interrogatório ali mesmo, mas depois fomos direcionados a delegacia para darmos o nosso testemunho. Harry e eu fomos colocados em salas diferentes, mas tudo ocorreu bem. Falei sobre como tudo aconteceu repentinamente, e o carro explodiu do nada, e eles perguntaram se possuímos algum inimigo, o que eu neguei.

Passamos o resto da madrugada lá e fomos liberados apenas no final da manhã. Um dos policiais foi gentil o suficiente e se ofereceu para nos trazer em casa, já que não tínhamos carro. Harry veio a viagem inteira tenso. Ele provavelmente não estava acostumado a andar em uma viatura, muito menos no banco traseiro dela, o lugar onde ficavam os presos. Assim que entramos em casa, ele tirou o sobretudo, jogando-o em cima do corrimão da escada, e respirou, claramente aliviado. Pensei em fazer algum comentário para o provocar sobre isso, mas minha atenção foi desviada quando eu notei mancha de sangue em seu braço esquerdo.

– Você se machucou! – Fui até ele, para tentar ver de perto, mas ele se afastou.

Seu sobretudo era escuro, então não dava para perceber antes, mas a mancha de sangue era grande, começava um pouco abaixo do ombro e chegava até um pouco abaixo do cotovelo. Não deveria ser algo muito grave, o sangue é que deve ter escorrido.

– Não foi nada, já estive muito pior.

– Você se machucou quando foi me segurar e caiu comigo, o mínimo que eu posso fazer é ajudar com um curativo.

– Não precisa, eu sei fazer.

– Eu insisto! Você me ajudou a madrugada toda, e eu como uma bêbada chata e irritante, não agradeci nenhuma vez. Não gosto de ficar em dívida.

Era clara a sua relutância, mas eu tampouco iria ceder. E vendo isso, ele concordou.

– Tudo bem.

– Ótimo. Eu vou tomar um banho antes, e você faz o mesmo. Nos encontramos daqui há alguns minutos, pode ser? – Ele assentiu. – Seguro do jeito que o seu trabalho é, imagino que tenha um kit de primeiro socorros por perto, certo? – Ele sorriu de lado com a minha ironia. – Onde o guarda?

– Tem um no meu quarto, pode ser lá mesmo? Estou extremamente cansado.

– Tudo bem. Eu te encontro lá, então. – Concordei, começando a sentir um leve frio na barriga. Lhe dei as costas, subindo alguns degraus da escada, mas parei quando percebi que ele continuava no mesmo lugar. – Você não vem?

– Preciso ir falar com Teresa antes.

Eu assenti, continuando o meu caminho até o quarto. Joguei meus saltos e minha bolsa no chão e entrei no banheiro. Não queria demorar, estava ansiosa demais para isso, mas ao mesmo tempo, eu precisava me livrar de todo aquele cloro de piscina ainda em meu corpo e cabelo, assim como a sujeira e cheiro vindos da fumaça na explosão, por isso o banho foi longo.

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