- Capítulo 13 -

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CAPÍTULO TREZE

CAPÍTULO NÃO REVISADO!

Assim que saiu do carro estacionado embaixo de uma frondosa árvore, Zoe respirou fundo diversas vezes, sentindo o cheiro refrescante do campo. Sentia um calafrio desconfortável no abdome, evidenciando parte de sua ansiedade em ser apresentada diante da família de Maitê.

Envolvida por uma grande timidez, a jovem permaneceu estática, sob a sombra da árvore, observando o quanto era grande e elegante a casa de veraneio da família Martineli. Madeira, alvenaria, portas largas de vidro, poltronas e ao fundo uma piscina.

Era possível ouvir uma música agitada tocando ao longe, risadas e burburinhos. Do outro lado da fazenda, havia meia dúzia de carros estacionados e um caminhão com o emblema do buffet escolhido para cuidar dos preparativos para a anunciação da "gravidez" de Maitê.

Zoe passou as mãos pelos cabelos bem aprumados e pressionou os lábios, tentando encontrar um pouco de coragem para aproximar-se da casa, em meio às pequenas doses de receio e insegurança que lhe faziam companhia naquele momento.

— Está com medo de alguma coisa, dona Zoe? — Maitê indagou em um tom descontraído, aproximando-se da moça.

Um largo sorriso surgiu nos lábios morenos da jovem e aquele calafrio gostosamente familiar a abraçou.

— Hã?! Maitê! Pensei que você estivesse dentro — era notável uma euforia sutil no tom de voz de Zoe.

A empresária retribuiu ao sorriso da garota e aproximou-se um pouco mais. Enquanto observava cuidadosamente o macacão longo que a mulher trajava, combinando perfeitamente com aquela tarde calorosa, Zoe percebeu que a mulher também analisou cuidadosamente seu vestido florido, repuxando um sorriso em aprovação.

Após a confirmação da gravidez de Zoe, Maitê decidiu manter distância da moça por algum tempo. Não queria complicar ainda mais a relação com sua assistente e, por isso, usou a desculpa de que teria que auxiliar nos preparativos, ficando o restante daquela semana fora de casa.

— Na verdade, estou voltando do centro da cidade — ela suspendeu a pequena sacola de compras. — Está tudo bem?

Zoe deu uma risadinha enfraquecida, abaixou os olhos por alguns segundos e a empresária percebeu a tez da jovem assumindo um leve rubor.

— É... — ela respirou fundo e voltou a encarar Maitê. — estou um pouco insegura. Parece ter tanta gente...

A diretora deu alguns passos em direção a casa e Zoe a acompanhou.

— Não há o que temer. Já lhe disse que pouco me importa o que vão achar — disse na tentativa de tranquilizar a moça. — E como está o bebê? Como vocês passaram esses dias em que estive fora?

Percebendo que a jovem ainda permanecia hesitante, passou a caminhar devagar, ouvindo Zoe dar continuidade ao assunto trivial. Em seu íntimo, a moça desejava que Maitê tocasse em seu ventre, mas a empresária parecia se restringir a rápidos olhares.

*.*.*.*

Assim que as mulheres aproximaram-se da varanda de casa, Zoe reduziu ainda mais o ritmo de sua caminhada, sentindo que olhares curiosos a observavam. Nitidamente, suas bochechas tornaram-se levemente rubras e suas mãos começaram a tremer sutilmente. Odiava aquela sensação.

— Quem é a moça, minha irmã? — um rapaz bem-apresentado, acompanhado de uma bela mulher, indagou para a mulher após os cumprimentos.

Um sorriso confiante apresentou-se no rosto jovial da empresária e então ela colocou as mãos nos ombros de Zoe. A garota tentava inutilmente sorrir para ele.

Acordo Perfeito (COMPLETO)Onde histórias criam vida. Descubra agora