Tão criança

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Saudades do tempo 

Em que brincar na rua á tarde era a diversão do dia

Onde todos participavam, sem preconceito, sem ódio

Juntos como amigos, como se fossem iguais.

Saudades do tempo

Em que meu único medo era do escuro

Do lobo mau, do bicho papão, da bruxa má

Medo dos vilões das histórias em quadrinhos, tão espertos, tão vivos.

Saudades do tempo 

Que o melhor presente era um livro

Uma história, um poema, um abraço

Um beijo de boa noite.

Saudades do tempo 

Em que a única dor era o joelho ralado

Um aperto de mão forte de um adulto

Um furo feito pela ponta da agulha que vovó usava para costurar.

Saudades do tempo

Onde não tinha saudade, não sentia falta 

Vivíamos o presente, como se nunca fosse acabar 

Tão feliz, tão disposto, tão sonhador

Tão puro como uma criança.

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