Sentado na calçada de sua casa
Casa antiga, sem decoração, sem enfeites, sem exageros modernos
Ele via, com um sorriso escondido no rosto
Como era duro deixar o tempo passar.
Tantos anos, tantas memórias, tantas lembranças
Sentimentos que uma folha de papel não consegue descrever.
Sim, ele escrevia.
Escrevia longas e belas palavras que chamamos de poesia.
Descia pela manhã, sentava na calçada de sua casa cheia de histórias
E escrevia.
Ele queria alguém para conversar, então conversava com a poesia, melhor amiga.
A televisão que ganhara do neto, já empoeirada
e nunca ligada
Não via necessidade de ver imagens paradas e momentos passados.
Era por isso que ele descia pelas manhãs
Para ver e assistir novas histórias, novos amores, novos momentos
Pessoas apressadas, mas sem um destino ao certo
Quanto tempo o tempo tem?
Pra ele o tempo não era feito de tempo, e sim, de momentos.
Ele era meu avô.
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Procura-se
PoetryUm livro de poemas que fiz com a minha melhor amiga: a imaginação. Dedico essa ''obra'' para meus irmãos, Daniella e Álvaro Luiz,os melhores presentes que já ganhei.