Me chamam de louco
Por enxergar coisas assim
Um sentimento perdido no capim
Rimas em montanhas sem fim
Me chamam de louco
Por dizer que a poesia vive em mim.
Se as nuvens percorrem o mesmo trajeto
Se o Sol nasce todas as manhãs
E o minúsculo ser que habita é um inseto
Como gente normal iria ser assim
Mesclar fatos com sentimentos?
Enfim
Lhes digo e afirmo
Sou louco
Louco por sentir cada toque
De algo imóvel
Sou louco
Louco por comparar
Cada pombo que cruza pelo meu olhar
Com míseras folhas de papel em branco
Voando e implorando por migalhas
Palavras
Sou louco
Por enxergar aquilo que tanta gente só vê
Disfarça e acha graça
Sem preenchimentos
Sou louco
Por achar que o minúsculo ser que habita
É a sensibilidade humana.
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Procura-se
PoetryUm livro de poemas que fiz com a minha melhor amiga: a imaginação. Dedico essa ''obra'' para meus irmãos, Daniella e Álvaro Luiz,os melhores presentes que já ganhei.