16 - Quando presenciamos o ciclo da vida

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— Tia!? Que surpresa – falei, me apressando a levantar.

— Ah, não se incomode, vocês são até bem pudicos perto da Isa e aquele garoto louro – comentou rindo.

Não quero nem saber o que aqueles dois estavam fazendo...

— Vim apenas avisar, que a Rachel entrou em trabalho de parto e está na ala hospitalar – informou, ainda nos olhando com aquele sorrisinho.

— Já? Mas ela não estava de sete ou oito meses? – ergui a sobrancelha.

— Bem, se forem gêmeos, eles costumam nascer antes – ela gargalhou.

— Mais uma dupla? Seriam o que, sete no total? – brinquei.

— Lucky é o com certeza um irmão coelho – comentou, divertida.

— Vá ver sua tia, eu guardo tudo aqui – incentivou Noah.

— Mas você será parte da família em breve, enviaremos alguém para fazer isso, venha. Junte-se ao seu futuro – tia Katherine, passou um de seus braços ao meu redor e o outro por ele. Puxando-nos consigo, permanecendo entre nós, com uma expressão de puro deleite.

— Talvez o Noah, não esteja preparado para a família reunida, ele precisa de mais instrução... – tentei livra-lo disso, olhei para ele, que parecia assustado e ao mesmo tempo fascinado.

— Bobagem! Uma hora ou outra terá que lidar com isso, que seja agora. Aproveitando que a família está reunida e todos morrendo de vontade de conhece-lo, o mais novo membro da família – discursou, alegremente.

— Tecnicamente, os novos membros da família são dos bebês da tia Rachel e Grace, se levarmos em conta a idade – desviei tentando ser engraçadinha, ela me olhou sagaz.

— Bem a filha do Shal, cheia de graça, não funcionou mocinha. – ela gargalhou – Antes mesmo de você nascer, já lidava com seu pai, boa tentativa.

Vencida, deixei que ela nos conduzisse até a ala hospitalar, lotada... De família. Estremeci com aquela visão.

Nem havia o anuncio oficial e Noah estava sendo abraçado, cumprimentado e atormentado (pelos priminhos), como se já fosse da família. Isso me deixou bem feliz, pois minha família sabia ser acolhedora, além de barulhenta.

Noah se sentiu ligeiramente intimidado com a quantidade de pessoas importantes que o cumprimentaram, ele confessou que nunca havia parado para pensar que tudo isso faria parte da vida dele, agora.

Então o lembrei que, apesar dos títulos da nobreza, somos uma família grande que se ama muito, adora se encontrar e festejar, mas acima de tudo são apenas pessoas. Ninguém aqui se importará caso ele cometa alguma gafe, ou fale alguma bobagem, pois Tio Lucky e tia Kath são os reis nesse quesito.

O lembrei que tem também a parte mais "normal", os de Honduragua, impossível dizer apenas os "Silsbay", pois todos os amigos da família que moram ao nosso redor, de certa forma fazem parte da família, pois os consideramos dessa forma. E desse lado não temos apenas a tia Kath e o tio Lucky para serem os inoportunos.

Contei a ele que Isa e eu, apelidamos a tia Emma como "A tia do pavê", aquele parente que sempre faz a piada do pavê, sem graça e batida, porque a tia Emma é dessas, como por exemplo chamar o Ori de biscoito.

Tio Zack, que tem o dom de dizer a coisa errada na pior hora possível, sempre amedronta os possíveis namorados nossos e da Trice, além de fazer piadas a lá tia Emma, quando está inspirado.

Então temos o tio Zed, que em escala de bizarro, está abaixo do tio Zack, porque se ocupa com seus filhos ainda pequenos (idades de cinco e sete anos), então pega menos no pé das sobrinhas, mas faz as mesmas piadas sem graça e mantem o grau de sem noção dele.

Grã-Duquesa de Illéa - Spin-Off [COMPLETO]Onde histórias criam vida. Descubra agora