Eu deveria estar mais seguro, depois do que aconteceu... Bom, mas pra falar a verdade, eu nem conseguia explicar como de repente, minhas mãos estavam na cintura dela e meus lábios quase tocando os de Luísa. Não vou mentir, foi rápido, mas a sensação de estar por fio de conseguir o que eu queria foi boa e ruim ao mesmo tempo, frustrante para ser mais exato. Eu nunca havia sentido o que eu senti quando arrisquei olhar nos olhos dela.Mas, como explicar? Estar com ela, é... Se esquecer de quem você é... É se transformar numa criança... É se divertir... Nunca ver o tempo passar... É sentir o coração à mil... É desejar... É se perder no Oceano... É se sentir no céu... É nunca saber o que vem depois... É descomplicar tudo...
Ninguém entenderia. Tem nome pra isso? Dá para nomear um sentimento que não te deixa dormir sem pensar "nela"? Acho que não. É muito complexo.
Mas, o que não dá para entender de jeito nenhum, é porque ela foi embora daquele jeito. Parecia até que ela esta correndo, ou melhor, fugindo de mim. Ela ficou com medo? Estou sendo rápido demais? Eu deveria parar de supor coisas. "Eu não... Quero isso!" Ela disse. Mas, ela cooperou. Ela sentiu alguma coisa, porém não queria sentir? "Quer dizer... Eu não entendo, me sinto estranha, não sei como isso aconteceu... Me desculpe, Thiago..." Ela completou. Será que... Luísa não quer sentir algo por mim, ou simplesmente não queria que nada tivesse acontecido? Será que eu estou confundindo tudo? Sinceramente, eu não sei. Não conseguia parar de pensar nela. Se estava bem... Se queria distância de mim... Ah, eu sei lá que diabos passa pela mente dela! O que eu sei é que estou ficando maluco! Droga! Era digital e eu não tenho informação nenhuma dela!
Patrícia chegou da casa dos amigos dela arrumada da cabeça aos pés, parecendo uma Barbie. Eu tentava (inutilmente), me concentrar na minha leitura, sentado no sofá da sala, onde raramente eu ficava. Felizmente, eu percebi cedo que Patrícia não ia parar de fazer barulho com aquele maldito celular! Então, subi às escadas indo em direção ao meu quarto.
- Não vai falar comigo?! - Patrícia gritou, indignada. - Seu grosso!
Grosso, eu?! Por mim, hoje ela grita até perder a voz, que eu estou cansado de ser legal! Já sou legal demais por não começar uma discussão!
Entrei no meu quarto e tranquei a porta. Olhei ao redor. Tudo me lembrava ela. "Porque tudo aqui é preto, cinza ou marrom?"
Me joguei no tapete, dormiria por lá mesmo. Não estava com sono, mesmo. Talvez nem dormisse. "Também adoro castanho, é minha cor favorita..."
Acabei dormindo. E acordei às cinco da madrugada. Minha preocupação não me deixava continuar ali. Às seis da manhã, eu já estava pronto, lia aquele mesmo livro, sentado no sofá, quando Paty acordou.
- Virou corujão, foi? - Ela perguntou.
Não respondi.
- Estou falando com você! - Ela insistiu.
- O que é que você quer?! - Gritei e ela se espantou.
- Não quer me engolir?! Está te TPM por acaso?! - Ela gritou mais uma vez.
Olhei para ela sem paciência, ela só podia estar muito afim de uma briga ou estava querendo uma aula de Biologia urgentemente, mas decidi entrar na dela.
- Você não viu nada! Se TPM existisse para os homens, eu seria o Demônio! E quer saber de mais uma coisa?! Hoje eu vou à pé!
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LULU?
RomanceEstá atrás de um romance? Gosta de personagens exóticos e viciantes? Procurou no lugar certo! Este livro aqui é minha estréia em comédia! Calma, calma, calma! É um romance, não uma comédia! Vamos conhecer o mundo da minha Lulu, que eu garanto, vocês...