Sofia
Desci as escadas e fui para a cozinha em busca de algo para comermos.
- Precisas de ajuda?- uma voz soou atrás de mim, assustando-me, olhei para ele.
- Não obrigada!-disse e ele sentou-se num banco alto da cozinha.
Comecei a abrir o frigorífico e terei coca-cola.
- Posso perguntar te uma coisa?- falei.
- Força!- ele disse, podia sentir olhar-me mas mesmo assim eu continuava focada nos armários.
- A quanto tempo estas com a Carlota?- eu podia simplesmente ter perguntado a Gabriela, mas eu queria saber da boca dele.
- A algum- ele coçou a cabeça.- na verdade nunca ouve um pedido ou um momento que tivéssemos dito a palavra namorar, apenas começamos a ficar, e as coisas começaram a ficar sérias, até que decidimos ficar só nós dois...-explicou.- e tu e o Afonso?
- Nós tivemos uma linda história de amor e depois traiu-me...-disse.- ele ainda mexe comigo mas é algo que quero meter atrás das costas.
Falamos mais um pouco e depois levamos todas as porcarias que eu achei na cozinha.
Vimos um romance bem fofinho, dos piegas mesmo, a Gabriela dormia e o Gui também.
- E agora para leva-la para casa?- o Vítor perguntou, ele sussurrava.
- Daqui a pouco acorda-mola.- disse e saímos do quarto do Gui e fomos para a sala.
Gui
Acordei com um cabelo na minha cara, abri os olhos e reparei que estou no chão no meu quarto e a Gabriela dorme em cima de mim, olho para o relógio e vejo que são 18:12, a Gabriela têm uma expressão serena e o cabelo bagunçado deixa a muito fofinha, só não percebo como veio parar em cima de mim.
No quarto já não esta o Vítor nem a Sofia.
Sinto a Gabriela mexer-se e acorda.
-A Sofia?-ela diz rouca sem sair de cima do meu peito, acho que ela esta confortável.
- Não sei...-respondi baixo, o quarto está escuro apenas com a luz da televisão acesa, a Gabriela é bem bonita se não fosse aquela cena com o meu pai, talvez eu tentava ter alguma cena com ela.
