Vítor
Cheguei a casa e tinha toda a gente de volta de mim, isso irritava-me um pouco.
Fui para o meu quarto e deitei-me na minha cama já que tenho de estar de "repouso".
Sinceramente eu não sei bem o que aconteceu, mas sei que foi uma sensação horrível, mas deixei de sentir qualquer parte do meu corpo e fiquei cheio de frio.
Alguém bateu a porta e espreitou.
-Posso?- a Gabi pediu metendo apenas a cabeça dentro do quarto.
- Podes!- ajeitei-me na cama e olhei para o meu telefone e tinha imensas notificações.- Toda a gente já sabe?
- As noticias más correm depressa!- ela sentou-se na minha cama.- Como estás?
- Não sei...- larguei um suspiro longo.- Sinceramente eu estou com medo!
- Eu sei e se queres que diga, eu pensava que te ia perder!- a Gabriela abraçou-me.
- Eu estou aqui!- sussurrei.
- Promete que nunca vais embora!- ela largou-me, podia ver os olhos dela encheram-se de lágrimas.
- Prometo!- digo sorrindo.
- Eu não ia aguentar ficar sozinha aqui...-ela começou a chorar e eu abracei-a com força e beijei a testa dela.
- Eu amo-te muito!
- Eu também amo-te muito!- ela disse e largou um suspiro longo.
(...)
Acordei com um cafuné gostoso, eu já conhecia estas mãos, abri um sorriso e sinto beijos na minha bochecha.
- Estas bem?- ela falou baixinho.
- Não, eu preciso de um beijo!- ouvi uma risada que logo se desfez e juntou os nossos lábios, pedi permissão para a minha língua e ela deu passagem, ficou um beijo calmo mas gostoso, ela passou as mãos por dentro da minha camisola e fez cosiguinhas nas minhas costas, e partiu o beijo com selinhos.
- Estragas-te os nossos planos das férias...- a Sofia soltou um sorriso e eu ri.
- Desculpe se a menina vai ficar sem mim estes dias...- disse.
- Sem si não vou ficar, apenas não podemos sair de casa!- ela deu-me um selinho.- Estas mesmo bem?
- Eu acho que sim...- beijei o pescoço dela.- Que horas são?
- 14:47!- ela desbloqueou a tela do telefone.- A Carlota esteve cá!
- O quê?- eu sinceramente não acreditava naquilo.
- Ela disse que isto era tudo culpa minha e que eu não estava a fazer te bem, e sabes eu acho que talvez ela tenha raz...- eu interrompi-a.
- Tu nem penses em voltar ou a dizer isso!- disse, eu realmente estou com raiva da Carlota.- Sofia, não lhes dês ouvidos, sabes que eu gosto de ti e eu quero-te ao meu lado!
- Não sei...- ela soltou um suspiro.
- Eu prometi, e eu vou cumprir, mas tu também tens de facilitar e não dares ouvidos a primeira pessoa que aparece e diz que não resultamos, muito menos se ainda sequer começamos algo, assim é que não chegamos a lado nenhum!
- Desculpa!- ela beijou-me e ficamos ali por algum tempo.