Uma Nova Chance

*~ Prólogo ~*

Liam Mayer

New York
Junho, 2018

— Meu deus! Isso realmente não é um sonho?

Viro-me para trás apenas para ver Greta parada na entrada da cozinha vestindo seu habitual robe lilás. O tecido é fino, e abraça perfeitamente bem suas lindas curvas.
Ela me dá um sorriso grande, e assim que meus olhos caem para os dela, eu vejo excitação brilhando neles.

— Acordei cedo hoje, e resolvi preparar um café da manhã para nós.

Na verdade, eu não consegui dormir à noite inteira, e ao invés de ficar rolando de um lado para o outro, preferi me levantar e tomar um pouco de ar fresco.
Ela deu mais alguns passos, e parou na mesa. Escorando seu traseiro na borda, e cruzando seus braços. Deixando assim, seus seios bem à mostra mesmo que sob o tecido do seu robe quase transparente.

— Percebi que você estava um pouco... Agitado. - murmurou ela, um tanto cautelosa.

Agitei minha cabeça, e me aproximei dela.
— Foi só uma noite ruim, nada para se preocupar querida. - plantei um beijo em sua testa, antes de puxar seus braços, e enrolá-los em minha cintura. Greta se afastou da mesa, e me agarrou com mais força. Ela cheirava a lavanda. Afundei meu rosto em seu pescoço.

— Eu amo você, Liam. - declarou ela, pousando sua cabeça em meu peito. — Você me ama?

Apertei ela ainda mais com meus braços envolta da suas costas. Como ela ainda poderia ter dúvida disso?
— É claro que eu a amo, - inclinei minha cabeça para trás, para olhar em seus olhos. Ela parecia esperançosa. — Eu a amo mais que tudo. - confessei acariciando suas costas. Deus. Sua pele era tão macia.

— Me contaria se alguma coisa estivesse lhe incomodando certo?

Coloquei minhas mãos, uma em cada lado do seu rosto, e aproximei nossos lábios.
— Não há nada para se preocupar, amor. Como eu disse, foi só uma noite ruim.

Antes que ela pudesse dizer mais alguma coisa, eu plantei um beijo em seus lábios carnudos. Ela relaxou em meus braços no mesmo instante.
Quando me afastei, ela tinha uma expressão esquisita em seu rosto.

— Você cheira a alho.

Soltei uma gargalhada, um pouco aliviado por ela ter trocado de assunto. Afinal, nem eu sabia o porquê que o sono não tinha vindo ontem à noite.

— Isso é porque eu estou cozinhando para você.

Dei alguns passos para trás, e ela aproveitou para espiar por cima dos meus ombros.
— O que está saindo?

A essa altura o cheiro de alho já tinha se instalado na cozinha, mas havia também o aroma de outros temperos no ar.
Decidi brincar com ela:  — Porque a senhorita não se senta para que eu possa servi-la?

— Como o chefe quiser. - brincou ela de volta, soltando uma piscadela.
Porra.
Eu amava seu humor matinal.

Segui para o fogão, e encerrei o que estava cozinhando. Peguei a frigideira e levei-a para mesa, despejando os ovos mexidos na vasilha de vidro. Depois, voltei para o fogão para pegar a panela com bacon, e linguiças picadas. Em seguida, fui até o armário e puxei os pães caseiros do cesto. O suco de laranja - seu preferido- já estava na jarra em cima da mesa, juntamente com duas xícaras de café preto e nossos pratos e talheres.

— Eu estou saindo um pouco mais cedo hoje. - avisou ela, em meio à um gole de café.

— Precisam de você na escola antes do horário?