*~ Capítulo 22 ~*

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Liam

Sai do quarto de Natalie sem conseguir tirar o sorriso bobo da minha cara. Caralho.
Vou querer beijá-la sempre.
Eu ainda podia sentir o gosto doce dos seus lábios.
Eu podia sentir seu corpo queimando sob o meu.
Eu podia sentir o cheiro de óleo vegetal que exalava dos seus cabelos.
Meu pau ainda estava doendo com a perda de contato.
Mas eu precisava pegar um pouco de ar fresco, o clima entre nós estava ficando ardente demais para conseguirmos parar antes de que fosse tarde demais. Então eu aproveitei que ela pediu água, para esfriar minha excitação.
Seus lábios eram charmosos, obedientes, e selvagens.
Ela beijava muito melhor do que eu imaginava.
Parecia como se tivéssemos nascido para fazer isso.
Foi malditamente quente.

Usei minha mão para esfregar a região entre minhas pernas. Eu precisava me aliviar mais tarde. Eu sabia que só precisaria um beijo dela para despertar toda essa comoção enérgica.
Eu estava pilhado agora.
Passei a mão pela minha cabeça apenas para ajeitar meus cabelos.
Natalie havia  bagunçado-os bastante. Acabei esquecendo de dizer para ela que eu achei sexy que ela soube dominá-los.

Atravessei a escada, e comecei a endireitar meu corpo, e tentei mudar o foco dos meus pensamentos. Judith e Haven ainda estavam na cozinha, e ainda era cedo para perguntas inconvenientes.

— Liam! - exclamou a garotinha. — Como minha mãe está?

Arranhei minha garganta, e parei na porta antes de entrar completamente na cozinha.
— Ela está bem agora, aliás, ela pediu um copo de água. Que tal se você levar para ela, acha que consegue?

Haven não esperou duas vezes para descer da cadeira. Aproveitei para olhar para minha Vó, ela não parecia preocupada. Eu podia dizer que vi um certo brilho intrigante em seu olhar.
Será que ela já sabia o que havia acontecido lá em cima?
Cocei minha barba para disfarçar.
— Então Vó, precisa de ajuda para ajeitar essas louças? - perguntei apontando para mesa.

— Ué vocês não vão voltar a jantar?

Fui até a geladeira e tirei uma jarra de água.
— Perdi o apetite.

— O que é apetite? - quis saber Haven parando ao meu lado.

Peguei um copo de vidro do secador, e comecei a derramar água nele, até quase a borda.
— É quando uma pessoa está sem fome.

Ela piscou, parecendo estudar o que eu disse. Depois soltou uma risada, e agitou a cabeça.
— Impossível ficar sem fome.

Judith interrompeu nossa conversa.
— Para você que é comilona, baixinha, realmente é impossível.

Sorri entregando o copo para ela.
— Leve para sua mãe, e vá devagar na escada para não virar.

Ela usou suas duas mãos para segurar o  copo.
— Ok.

Minha vó e eu acompanhamos Haven se afastar até ela desaparecer da cozinha. Ficamos sozinhos, mas não havia qualquer silêncio constrangedor entre a gente.

— Agora que estamos sozinhos você pode me contar o que está acontecendo entre você e minha menina?

Sua pergunta atraiu meu olhar imediatamente para ela.
Afastei-me da pia, e segui para sentar na cadeira.
Havia ainda muita comida na mesa.

Cruzei meus braços por cima da mesa.
Se minha Vó queria saber, então eu seria direto com ela.
— A gente se beijou.

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