*~ Capítulo 24 ~*

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Liam

— Está tudo bem? - perguntei, assim que me dei conta que Natalie não havia dito uma palavra desde que descemos para compartilhar o café da manhã.

Sua filha já tinha tagarelado um monte enquanto comia seus biscoitos com creme, minha Vó em meio à algumas reclamações sobre estar cansada também já tinha falado bastante.
Só faltava ela aparentemente.

— Sim, só... - ela agitou a cabeça. — Nada para se preocupar.

Franzi meu cenho, e continuei bebendo meu café. Eu não deixaria isso passar, mais tarde eu a convenceria a falar o que era que estava lhe incomodando nessa manhã.

— Eu posso fazer o chá da manhã das minhas bonecas? - perguntou Haven olhando para sua mãe. 

— Contando que você fique na sombra, sim.

Haven ergueu os braços, e vibrou.
— Eba!
Ela mal terminou seu café, e subiu correndo para o quarto pra pegar seus brinquedos.

Levantei da cadeira também, e comecei a ajudar minha vó a recolher as louças.
— Vá descansar Judith, deixe que eu e Liam terminamos aqui. - disse Natalie, levantando em seguida.

Minha vó não esperou que nós pedíssemos duas vezes para sair da cozinha. Quando ficamos apenas eu e Natalie, olhei seriamente para ela.

— Ei. - chamei, fazendo seus olhos encontrarem os meus.

— Existe alguma coisa lhe incomodando?

Ela pousou suas mãos em cima da mesa, e soltou o ar que tinha guardado em seus pulmões.
— Sinceramente? Tem.

Meu peito apertou.

— Mas não é não tão grande, é bobagem na verdade.

Franzi meu cenho, e me escorei no balcão do armário.
Cruzei meus braços.
— Pode ser qualquer coisa, ainda assim vou sempre querer saber. Precisamos ser capazes de resolver nossas diferenças, Natalie. E o silêncio não é a melhor forma de fazê-lo.

Ela ficou surpresa com o que eu disse, e deu alguns passos se aproximando de mim.
— Seu bobo. - murmurou ela, pousando suas mãos em meu ombro. — Não é nada sobre a gente, ou com a gente. É besteira, nada significante.

Usei minhas mãos para segurar seus ombros.
— Então porque ficou todo esse tempo perdida em pensamentos?

Ela baixou a cabeça, e demorou para voltar a erguê-la.
— Quem é Pete?

Sua pergunta me pegou de surpresa.
Mas.
— Como você... Espere aí.

Ela levantou as mãos ao lado da cabeça, e ao mesmo tempo que já estava se acusando, ela tava se rendendo.
— Eu não sou uma stalker. Eu apenas vi que ele comentou no seu Instagram e fiquei me perguntando o porquê que você só respondeu à ele, e... - ela pousou sua cabeça em meu peito, e usou suas mãos para esconder seu rosto. — Eu não sei o que me deu na cabeça. Só quero saber mais de você, eu acho.

Sua voz saiu abafada, mas eu consegui entender cada palavra.
— Tudo bem. - eu disse, e ela começou a erguer a cabeça do meu peito.

Quando vi seus olhos não consegui conter um sorriso.
Ela era fofa.
— Pare! - xingou ela, com suas bochechas rosas. — Quem é ele afinal?

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