*~ Capítulo 28 ~*

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Liam

— Quero levar você em um lugar hoje à noite. - avisou Natalie, passando seus braços pela minha cintura, me abraçando por trás.
Seu queixo bateu em meu ombro, e parte dos seus cabelos deslizaram sobre meu peito.

— Tipo um encontro? - provoquei, acariciando a pele dos seus braços.

Nós dois estávamos na varanda observando Haven brincar com suas bonecas na mesa de concreto.
Não estava quente, e o sol já tinha ido embora há muito tempo.

— Se você quiser chamar assim.

— Então que horas eu devo estar pronto? - brinquei, conseguindo arrancar uma risada dela.

Ela inclinou o rosto para o lado, e depositou um beijo molhado em meu pescoço.
—  Acho que vamos sair perto das nove. Quero colocar Haven pra dormir antes.

A menina continuava perdida em seu mundo de fantasia. Ela tinha uma boneca em seu colo, e outra deitada em cima do banco. Suas mãos organizavam o conjunto de panelinhas e comidinhas em cima da mesa.

— É seguro ela ficar dormindo sozinha pela tempo que vamos ficar fora?

Natalie apertou minha cintura ainda mais com seus braços.
— Ela é tranquila. Tem sono pesado. Qualquer coisa eu peço para Judith ficar de olho.

Isso era bom.
— Eu fico feliz em saber que você pode contar minha Vó.

— Eu amo a Judith, e sou muito grata por tudo que ela tem feito por mim e por Havie.

Usei minhas mãos para afastar seus braços da minha cintura apenas para trazer seu corpo pra frente do meu. Agora foi minha vez de abraçar sua cintura, enquanto puxava seu traseiro para mais perto da minha virilha. 
Pousei um beijo em sua cabeça.
— Como você realmente encontrou minha vó?

Natalie colocou um pouco do seu cabelo para trás das suas orelhas. Seus fios cheiravam a flor de cerejeira.

— Bem, - começou ela. — Antes de sair da casa dos meus pais, eu comecei a procurar um lugar para morar. Encontrei algumas senhoras em um supermercado, falando sobre seus trabalhos e de repente ouvi uma delas dizendo que precisava de uma ajudante. Continuei escutando a conversa delas até que uma delas disse que colocava seus quartos de hóspedes para alugar. - ela expirou fundo, antes de continuar: — Eu sei que foi errado da minha parte ouvir a conversa delas, mas o assunto me interessou, e desde que eu estava procurando um lugar e precisava também trabalhar. Eu fiz minhas compras rapidamente e esperei a senhora do lado de fora do supermercado. 

Sorri enquanto minha mente imaginava a cena.
Inclinei minha cabeça para frente, e virei meu rosto para deixar um beijo em sua bochecha.
— Era minha Vó certo? - perguntei, forçando minha voz rouca só porque eu sabia que isso mexia com ela.

Ela soltou um gemido excitante antes de seguir falando: — Era Judith, e ela foi tão receptiva, e acolhedora. Ela tão pouco se importou que eu trouxesse minha filha junto. Eu comecei ajudando ela a bordar panos de pratos, e fazer capas de almofadas. Agora não fazemos tanto, mas antes tínhamos muitas encomendas então minha ajuda era bem necessária. 

— A gente poderia ter se conhecido há muito tempo. - observei, olhando para a pequena Haven brincando.

— Verdade... Mas talvez não fosse dessa forma como estamos nos conhecendo agora.

Franzi meu cenho, só então eu entendi o que ela havia falado. Eu estaria provavelmente com Greta ainda, e...
— Isso me faz pensar que tudo que aconteceu comigo antes, estava destinado para que eu pudesse ter isso agora...

— Ter você agora. - acrescentei antes que ela pudesse falar qualquer coisa.

— Você acredita em destino? - perguntou ela, começando a se virar para ficar de frente para mim.

Seus braços alcançaram meu pescoço, e minhas mãos permaneceram agarradas a sua cintura.
Porra.
Meu pau pulsou quando sentiu a aproximação da sua virilha.

— Acredito. - confessei, fazendo seus olhos brilharem como a luz do sol em cima de nós.
Natalie trouxe seu rosto para mais perto, e eu sabia o que ela queria com isso. Sorri observando seus lábios gritando desespero e necessidade. Levei uma das minhas mãos para suas costas, e inclinei-me sobre seu corpo fazendo-a cair um pouco para trás. Só então eu mergulhei meus lábios nos dela, dando-a um beijo digno de um filme de cinema.

~*~*~*~*~

Mais tarde quando o dia já tinha virado noite, Natalie estava colocando Haven para dormir enquanto eu a esperava na sala de estar.
Era a primeira vez que nós iríamos sair juntos, como um encontro. Meu coração estava animado desde cedo. Eu mal podia esperar para desfilar com ela por aí.
Natalie estava linda essa noite.
Gostosa.
Ela usava um vestido preto que realçava suas curvas acentuadas. O cumprimento do tecido era até metade das suas coxas, e parecia apertado demais. Mas ela estava se sentindo bem com ele, e eu não poderia reclamar de nada. Suas pernas eram sexy pra caralho, e seria um desperdício não serem exibidas.
Seus cabelos estavam presos em um elegante rabo de cavalo. Ela tinha passado gel, e seus fios ficaram esticados e bem domados. Natalie era tão diferente de Greta, sua pele era morena quase bronzeada, e seus cabelos eram escorridos até as pontas.
Minha falecia esposa tinha cabelos curtos e escuro. Completamente enrolados da raiz até as pontas. Sua pele era clara quase pálida. Mas ambas eram lindas, e tão pouco precisavam de maquiagem.
Natalie havia apenas usado rímel preto para levantar seus cílios, e deixá-la com um olhar misteriosamente sensual. Suas bochechas já eram rosadas naturalmente, mas ela aplicou um pó um pouco além do seu tom em cada uma das maçãs do seu rosto perfeito.
Em seus lábios ela tinha passado um batom vermelho não muito chamativo mas completamente atraente. Eu pensei malditamente em beijá-la até a morte, mas eu iria apenas estragar seu trabalho.
Ela estava perfeita.
E eu tive que me segurar para não arruiná-la.
Levantei do sofá assim que ouvi o barulho das suas sandálias magníficas pisar em cada degrau da escada. Não tinha um solado muito alto, mas a deixava praticamente do meu tamanho.
Quando nossos olhos se conectaram, um sorriso sexy brincou em seus lábios.

— Pronto para a nossa noite? - perguntou ela, em toda sua glória, chegando mais perto.

Oh.
Merda.
Eu estava amaldiçoado.

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