Como tudo que é bom dura pouco, em meio à seu aconchego o telefone de Jaemin toca. Mesmo sem a mínima vontade de atender, saiu dos braços de Jeno que despertou ao sentir o mais novo se afastar e atendeu.
Jaemin? Jaemin! - Gritava Mark desesperadamente do outro lado da linha.
Oi! O que foi? Me parec -Foi completamente interrompido pelo mais velho que deu sequência no que dizia.
Vem pra casa agora, por favor! Me ajuda! - O garoto estava desesperado e seu choro e soluços deixavam Jaemin ainda mais preocupado. - Vem logo! - O mais novo pôde ouvir algo como uma porta abrindo e em seguida a voz de um homem, o qual não soube distinguir quem era e por fim, a ligação caiu.
Jeno ao perceber a feição aflita de Jaemin, aproximou-se para abraçá-lo, mas o garoto rapidamente saiu da cama e vestiu a sua blusa. - O que foi? Aconteceu alguma coisa? - Perguntou o moreno levantando-se junto. - Era sua mãe?
Mark, Mark me ligou. - Comentou enquanto às pressas calçava seus sapatos. - Falou para eu ir pra casa, ele estava desesperado, chorando. - Dizia enquanto segurava as lágrimas ao pensar que pudesse ter ocorrido algo com sua mãe.
Eu vou te levar, mas tenta se acalmar. - O mais seguiu até seu guarda-roupa e tirou uma camisa preta, vestiu e pegou as chaves de sua moto. - Vamos?
- Vamos.
Os dois não trocaram palavra alguma durante todo o percurso. Jaemin tentava manter o pensamento positivo, mas era impossível. A voz de Mark soando desesperadamente entre um choro não saía de sua memória.
Após alguns minutos chegaram e o acastanhado desceu rapidamente da moto. Tentou abrir a porta de sua casa, mas estava trancada, por sorte estava com sua chave no bolso.
Enquanto destrancada podia ouvir gritos de ódio e malmente a voz de Mark. O que estava acontecendo ali?
Jaemin não acreditava no que estava vendo e não conseguia agir, estava paralisado.
Viu Renjun jogado próximo à uma mesinha de vidro que se localizava no centro da sala, estava com o canto quebrado e parte do rosto do loiro estava sangrando.
Em seus braços haviam marcas como se alguém tivesse o puxado e estava tão fraco a ponto de nem conseguir chorar.
O acastanhado olhou em volta e viu MinHo em uma terrível discussão com Mark, o qual estava com o canto dos lábios ferido.
O que está acontecendo aqui? - Perguntou Jaemin indo em direção aos dois. Jeno entrou logo em seguida na residência e correu até Renjun na expectativa de ajudá-lo.
MinHo manteve-se calado, respirou fundo e virou-se para Jaemin. O encarou por uns segundos e logo se pronunciou.
Você sabia que meu filho tinha um... um... com esse outro viado? - O ódio era visível em sua face e o homem mantinha os punhos fortemente cerrados.
Mark ao se ver livre de MinHo, correu até Renjun e ligou para uma ambulância. O loiro havia perdido bastante sangue e o corte em sua testa devido ao baque com a mesa poderia infeccionar se ficasse aberto por muito tempo.
Vamos, pirralho! Responda! Você sabia que meu filho não passava de um viadinho nojento?! - Resmungou o homem em um tom de desprezo. Vez ou outra levava seu olhar à seu filho jogado no chão e não demonstrava arrependimento nenhum por ter o empurrado.
Sim, MinHo, eu sabia. - Respondeu Jaemin calmamente.
O quê? E você não me disse nada? - Indagou perplexo, mas logo sorriu debochado. - Claro que não ia dizer, você também é um viadinho. - Cuspiu a última palavra e o olhou com desdém. - Pensa que não reparei quando vi vocês dois no quarto quando jantamos aqui pela primeira vez? Você me dá nojo!
Jaemin apesar de poder sofrer algum tipo de violência de MinHo, não demonstrava medo. Pelo contrário, cada palavra que dizia era com a maior confiança e ao ouvir o comentário de MinHo, pensou em rir, mas seria uma provocação e mesmo não querendo demonstrar, tinha medo da reação do mais velho.
Quem me dá nojo é você! Eu posso ser um viadinho, mas pelo menos não sou um adulto homofóbico que seria capaz de matar o próprio filho por causa de um preconceito besta! - Elevou seu tom de voz e recebeu novamente um olhar furioso do "homem" à sua frente. O mais velho levantou o braço e Jaemin fechou os olhos com força prevendo o arder em sua pele. O que não ocorreu.
Abriu os olhos e avistou Jeno ao seu lado segurando o braço de MinHo. - Nem pense em encostar um dedo nele! - O moreno era forte, alto, daria conta de uma luta se precisasse, mas não aguentaria por muito tempo e o medo de ter Jeno ferido tomou conta de Jaemin.
E o que vai fazer, moleque?! - Indagou MinHo empurrando Jeno fazendo-o cair. Voltou agora sua atenção para Jaemin e quando estava prestes a fazer algo, o grito de Jungha o impediu.
Se afaste do meu filho! - Ordenou a mulher e MinHo obedeceu. - O que pensa que está fazendo? - Passeou seu olhar pela sala e avistou Renjun sendo carregado por alguns médicos e indo em direção à ambulância que estava estacionada em frente a residência, largou a sacola de compras no chão e levou as mãos até o rosto perplexa. - O que aconteceu aqui?
Amor, eu... - Ia falar, mas recebeu um forte tapa no rosto.
Sai da minha casa agora. - Ordenou sem olhar nos olhos de MinHo.
O mais velho estava furioso, mas não discutiu. Por mais que estivesse irritado, não descontaria sua raiva em Jungha. Apesar de seus muitos defeitos, a amava. Seguiu até a porta de cabeça baixa e antes de sair do local deu um último olhar a Jaemin, o qual estava agora abracado à sua mãe.
Meu filho... o que aconteceu? - Perguntou sua mãe sem ao menos tentar segurar as lágrimas.
Mãe, é uma longa história. Longa mesmo, mas vamos deixar isso pra depois, por favor. Renjun está muito ferido, vamos ao hospital. - Sua voz soava baixa e rouca. O que havia presenciado hoje jamais sairia de sua mente.
Jungha concordou com o filho e assim os três foram ao hospital. Certamente não poderiam ver Renjun, mas precisavam ter pelo menos uma notícia de que o garoto ficaria bem.
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Pαrαdise | + Nomin
RomanceApós a separação dos pais, Jaemin se muda para Seul e nessa mudança, vive inesperados e novos sentimentos, tais como: Se a apaixonar por seu amigo, Jeno. Mas será que depois de tanto esperar e sofrer, Jeno ainda vai querer algo com Jaemin? Várias em...