Prólogo

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    E lá estava Bruno, um menino de 15 anos, pele clara, olhos castanhos e cabelos azuis, uma fofura para ser sincero. Estava deitado no quintal dos fundos de sua casa olhando para o céu que estava estrelado e a lua estava na fase em que parecia estar sorrindo para ele. Estava ansioso, o mês era setembro. O ano estava prestes a acabar e no próximo ano ele iria mudar de escola. Não sabia se estava preparado para tudo aquilo, mas preferia viver um dia de cada vez.
    Esse ano foi muito difícil, ele se afastou de alguns amigos, mas foi a melhor opção. Acabou se juntando a outras pessoas, e nesse grupo acabou incluindo Diego, seu amigo de infância, tinha pele clara e cabelos ruivos, média-alta estatura. Ele sentia que o gostava, mas Diego não podia saber, afinal ele teria problemas se todos soubessem disso, já que era a primeira vez que sentia algo por algum menino, e sua família tinha problemas em achar o amor o caminho certo. Bruno estava naquela fase adolescente onde começava a descobrir os hormônios à flor da pele, qualquer vestígio de que ele era bissexual para o mundo afora e já era, seria julgado por muitas pessoas, inclusive membros da família.
    Quando subiu para seu quarto, que era lindo por sinal, tinha diversos quadros na parede ao lado direito da cama e acima da cabeceira podíamos encontrar algumas fotos de momentos marcantes de sua vida como viagens, pessoas importantes, eventos e diversos outros motivos que de alguma forma marcavam teu coração.
Atrás de todas as fotos continham algumas frases bonitas ou frases que marcaram o dia da foto.
    Um menino sonhador e feliz de fato. Naquela noite estava inspirado, pegou caneta e papel e começou a rascunhar uma poesia que soava como música para os olhos.

  "Será que algum dia serei livre?
  Só queria poder sentir,
  Sem que me privem
  Seus dedos sobre minha pele e eu sem intervir
  Sua respiração ofegante em meu pescoço, comigo sempre a sorrir."

    Ele escreveu sem nenhuma pista de que fosse revelar para quem era essa poesia, mas mesmo assim não queria que seus pais soubessem que ele sabia fazer tal arte de declaração, tão pura e inocente como sentimento de criança. Então logo arrancou a página de seu caderno, amassou e colocou dentro de sua gaveta de roupas de baixo, sabia que ninguém acharia aquele papel ali.
    Estava exausto, e para dormir colocou música clássica e um barulho de chuva, ficou encarando o teto durante um tempo,  depois virou-se, fechou os olhos e adormeceu sorrindo.

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