Depois da decisão - Cap: 27

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Dois dias...

"Vocês falam que não temos motivos para se cortar... vocês são os motivos, e tambem serão o motivo das nossas mortes em breve"


Acordo em uma sala beje, a janela estava aberta e vejo o sol aparecendo aos poucos, o amanhecer é muito lindo. Pera, quando eu decidi ver Dylan já estava de tarde. Eu fiquei desmaiada por tanto tempo assim? Quem era o homem que me ajudou?

Olho atentamente o local onde estou e percebo que é o hospital. Tento me levantar, mas minhas costelas gritam de dor e volto a me deitar lentamente. O canto direito de minha boca esta com um pequeno curativo, levanto minha camiseta branca e vejo um curativo, passando pela minha barriga, cintura e costas. Meu braço direito esta sendo injetado um soro. Minha cabeça — Na parte da testa e atrás da cabeça. — esta contornada por um pano e um tubo de respiração no meu nariz.

Olho para a esquerda e vejo minha bolsa e meus materiais de desenho espalhados pela mesinha branca de baixo de um ar condicionado ligado no gelado, para conseguir secar ao máximo minhas coisas. Olho para a direita e vejo o saquinho de soro pendurado, junto de um gás de oxigênio, que levava ar até as minhas narinas.

Não sei quem foi o homem que me ajudou, mas já o agradeço muito, desejo toda a felicidade e amor do mundo ao homem que me ajudou.

Ouço a porta sendo aberta e uma médica entrando junto de um idoso corcunda, com sua bengala e cabelos grisalhos bem ralos. A médica pega minha ficha médica, coloca em cima da cama — Onde encontra meus pés — e vem até mim com seu estetoscópio — Que todo médico tem para ver os batimentos. —, colocando um pouco acima do meu peito.

— Respira fundo e diga 33. — Diz a médica

Respirei fundo.

— 33.

Solto o ar e faço tal ato mais duas vezes.

— Bom, você está melhorando. Seus pulmões normalizaram, está fora de perigo agora. — A médica sorri.

— Como eu cheguei aqui? —Pergunto.

— Este senhor trouxe você até o hospital, você mau conseguia respirar direito, então tivemos que colocar um tubo respiratório em você, você quase quebrou algumas costelas, mas com um bom descanso você irá melhorar bem rápido.

— Ok, obrigada...

— Teria algum número de confiança para que possamos ligar para algum maior de idade ou responsável?

— Sim, tem no meu telefone, o número de uma pessoa maior de idade, não é meu responsável mas confio muito nele. O nome dele é Dylan.

Estico meu braço, pego meu celular e procuro o número de Dylan. A médica me da um papel e uma caneta e anoto o número dele.

A médica saí me deixando com o idoso que se manteve quieto a todo momento.

— Olha, muito obrigada moço... Eu não sei como agradece-lo por ter me ajudado.

— Não há de que moça bonita, eu sempre ajudo quem precisa de ajuda. Sempre foi um ponto meu, odeio não conseguir ajudar.

— Tenho certeza que será recompensado no futuro. —Abro um sorriso simples.

— Não preciso de recompensas, deixar os outros felizes pelos meus atos já é uma recompensa e tanto.

— Eu estou feliz que tenha me ajudado, agradeço de novo.

O Grito Silencioso (Livro I)Onde histórias criam vida. Descubra agora