Oito anos atrás...
(Idade: nove)
—Acorda Kartnay, hoje é seu aniversário de nove anos —Diz Elena chamando sua filha com um sorriso. —Parabéns meu amor. Vem, fiz seu café da manhã favorito.—Bom dia mamãe —Kartnay devolve com o maior sorriso que conseguira dar.
Kartnay ainda se encontrava com seu pijama rosa de unicórnios, descendo as escadas segurando a mão de sua mãe que vestia um lindo vestido um pouco acima de seus joelhos, azul claro com detalhes em verde escuro. Ao final da escada encontrava-se seu pai Wagner de calça jeans e uma camiseta Pollo azul claro, com um sorriso grande e meigo. Seus pais estavam combinando nesse dia. Ao faltar três degraus para encontrar o chão, Kartnay para e fita seus pés calçados com pantufas —De unicórnio também.
—O que foi pequena? —Pergunta Wagner.
—Me pega! —Kartnay se joga do terceiro degrau nos braços de Wagner.
Os três começaram a rir e assim foram para a cozinha, para a Kartnay comer seus deliciosos ovos com bacon e suco de laranja.
Seus amigos, vizinhos, familiares. Todos estavam chegando para a festa da doce e linda kartnay. Logo, Elena pediu para a pequena tomar um banho e se arrumar para festa que ela estava a semanas ansiosa, anotando e grifando no calendário cada dia que passava, chegando mais perto de seu aniversário. Era muita felicidade para uma garotinha de oito anos —nove anos agora —. Descendo as escadas com um shorts vinho e uma blusa regata branca, kartnay foi abraçar sua família, seus vizinhos e seus amigos que tanto gostava.
Cantaram, comeram bolo, dançaram, Elena tocou piano e quando chegou a noite, kartnay deitou no gramado de sua casa, cansada, com seu melhor amigo, Petter. —Olhos azuis e cabelo escuro como a noite.
—Hoje foi muito divertido não é Petter? —Diz Kartnay se virando para olhar Petter.
—Foi sim, você viu a Tia Mara comendo metade do bolo!? Ela é muito magra! Não sei onde coube tanto bolo naquela barriga! —Diz Petter impressionado.
Os dois riram, novamente voltaram ao silêncio e olhar as estrelas.
—São muito bonitas... -Dizia Kartnay. —Pena que não da para toca-las.
—Um dia eu vou tocar nelas, vou virar uma astronauta, trazer um pedaço da Lua, para ver se o queijo dela é bom, e ainda vou trazer uma estrela para você. —Dizia Petter ficando empolgado com o futuro que desejava.
—Esta combinado então. —Kartnay mostra seu dedinho, fazendo Petter entrelaçar seu dedinho junto ao dela.
—Amigos para sempre! —Disse os dois uníssono.
Petter nessa noite, iria dormir com kartnay, os dois ficaram brincando no quarto com vários brinquedos —Quebra-cabeça, cara-a-cara... —. Até que ouviram um grito vindo da cozinha. Eles se entreolaram e foram ver o que estava acontecendo.
Seus pais estavam discutindo sobre algo que kartnay ainda não entendia muito bem.
—Olha o tanto de coisa que você comprou Elena, sobrou muito! Jogamos dinheiro fora! —Gritava Wagner.
—Para de gritar comigo Wagner! Vamos comer nas próximas semanas! Você só sabe reclamar, o importante é que a Kartnay se divertiu! —Gritou Elena retrucando.
—Se divertiu, mas não é ela que paga não é mesmo?! —Gritou Wagner apontando o dedo indicando o quarto da kartnay.
—Você está bêbado Wagner! Vai tomar um banho, amanhã a gente conversa com mais calma —Diz Elena se aproximando de seu marido para tentar acalma-lo.
—Sai de perto de mim Elena, estou nervoso, eu vou acabar machucando você!
Wagner sai da cozinha e se assusta quando vê Petter tentando acalmar Kartnay que estava chorando.
—Elena! As crianças estão aqui! —Grita Wagner antes de subir as escadas.
Elena vem na direção das crianças sorrindo.
—Kartnay, Petter, o que fazem fora do quarto? —Pergunta Elena com um sorriso gentil.
—Nós ouvimos um grito, então viemos ver. —Explica Petter abraçando Kartnay que ainda chorava.
—Não chora minha pequena Unicórnio —Era assim que sua mãe chamava Kartnay —Sabe, o papai esta muito feliz, por isso ele gritou e como a mamãe também esta feliz, ela também gritou. Não foi nada demais tabom?
—Mãe, eu posso ter nove anos, mas eu não sou burra... Sei que você e o papai estavam brigando por causa da festa... —Diz Kartnay Tentando limpar as lágrimas.
—É, me esqueci que minha pequena unicórnio cresceu bastante.
Elena ri, abraça kartnay e começa a fazer cócegas em sua filha. Quando pararam, Elena olha para Petter e toca em seu rosto.
—Você é um bom menino Petter, já considero você como meu genro. —Elena da um grande sorriso.
—O que é genro, tia? —Pergunta Petter.
—Eu e o Wagner, somos casados, vivemos juntos. Entao somos esposo e esposa, quando a kartnay começar a namorar e dar uns beijos —Elena ri dessa parte pois Kartnay fizera careca de nojo —, essa pessoa sera meu genro, pois esta junto de minha filha, entendeu?
—Pode deixar que eu vou ser esposo da Kartnay, eu gosto muito dela, mas sem a parte dos beijos é claro, é nojento. —Petter coça a parte de trás de sua cabeça e mostra um sorriso.
—Acreditem, vocês vão mudar de ideia quando começarem a namorar e beijar.
—Não vamos, não —Diz os dois uníssono (Uníssono= quando a pessoa fala junto com outra pessoa).
—Bom, agora vão dormir que já esta tarde e vocês tem escola amanhã.
Kartnay deu um abraço em sua mãe, junto de Petter e subiram para seus quarto para dormir e sonhar em lindamente.
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Vocês devem esta me perguntando por que esse capítulo e se perguntando quem é Petter.
O capítulo vai mostrar ela mais nova, antes de sua mãe morrer, de como kartnay "era" feliz. No decorrer dos capítulos vai ter capítulos sobre a kartnay criança, sobre a história dela antes de ter a depressão.
Agora quem é Petter? E o que aconteceu com ele, já que ele não esta na história atual, junto com a kartnay que se encontra atualmente com dezessete anos?
Isso vocês irão descobrir no decorrer do capítulo sobre o que aconteceu com ele, do porque ele não esta nos dias atuais com kartnay, isso tem haver com o primeiro capítulo do livro, se voces leram atentamente, acho que me entenderam.
Obrigada por lerem o recadinho aqui e bora para o próximo capítulo de O grito silencioso.
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O Grito Silencioso (Livro I)
SaggisticaKartnay leva uma vida dificil na escola e em sua casa, sem ninguêm com quem conversar, kartnay se entrega à auto-mutilação com um único objetivo. Tirar sua dor. Apesar da vida ser difícil ao extremo, Kartnay acha que um dia pode ter uma vida de paz...