CAPÍTULO 2

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CAPÍTULO CONTÉM CENA DESTINADA A MAIORES DE 18 ANOS

A tarde caía mais rápido do que o previsto. Ao pé da varanda do meu apertamanto eu admiro a bela paisagem da cidade, condensada em tons de rosa e laranja incandescentes. Meio minuto depois contemplando o silêncio e a fraca brisa através daquele véu invisível, a campainha anuncia alguém na porta.

Certamente trata-se de Katarina Bennett, já havia passado da hora de sua vinda e eu não aguentava mais esperar, até pensei em ligar mas lembrei que não tinha pego o número de seu telefone. Mas depois de hoje, acho que não precisaria me preocupar com esse detalhe.

Atravesso a varanda passando pela sala de estar e chego a porta. Antes de mais nada, respiro fundo e confiro pelo olho mágico se na verdade é minha tão esperada visita. Não consigo evitar esboçar um sorriso de satisfação ao ter certeza de quem é e, sem mais delongas, abro, espelhando uma boa postura condescendente. Aliás eu sou um padre é meu dever me portar às pessoas como um santo...do pau oco. É como costumamos agir.

-Sra. Bennett! - eu continuo sorrindo, segurando a porta com naturalidade. Expresso a minha melhor aparência sutil que naquele momento era mais conveniente.

-Padre! - ela responde de volta. O som de sua voz causou em meus ouvidos um ruído que fez todos os pelos do meu corpo se eriçarem.

Abrindo passagem entre mim e a porta convidua-a para entrar.

- Entre, sinta-se a vontade, Katarina.

Seu olhar passou pelo fundo do meu apertamento. Katarina soltou um longo suspiro permitindo-me notar sua hesitação repentina. Eu queria dizer a ela que não havia nada do que temer, porém isso me pareceu inconveniente demais e soaria estranho vindo de uma pessoa que se diz pregar a palavra de deus. Embora não fosse tão ruim intimidá-la, afinal.

- Com licença, padre. - la pediu.

Seus passos travam, Katarina se fixou diante de mim e encarou-me constantemente nos olhos. Nossos rostos a centímetros um do outro fazia-me ouvir o som da sua respiração pesada. Então eu soube o quanto essa aproximação a deixou nervosa.

- Henry, por favor. - corrigi-a.

- Claro, Henry!

Katarina desfilou em passos lentos em direção ao sofá da saleta. O som oco e abafado de seu salto escuro batia no carpete do chão ressoando pelo apartamento que até então encontrava-se silencioso.

Enquanto deixo ela examinar o ambiente fecho a porta atrás de mim e escoro-me nela, respirando três vezes seguidas.

Uma onda de pensamentos perversos inunda minha cabeça poluindo-me tanto por dentro quanto por fora. Eu estou sozinho na companhia de uma mulher gostosa que ascende os meus mais profundos extintos primitivos e tenho a necessidade de acalmá-los ou o meu corpo explodirá feito uma granada. A nostalgia física está em desacordo com o meu autocontrole. Contudo, preciso ir com calma e preparar, Katarina, de maneira que eu não a deixe assustada.

Ou seria apenas um básico capricho seu?

Ela pode sofrer qualquer tipo de reação quanto a isso e uma delas provavelmente será se submeter a mim e satisfazer as necessidades masculinas que dominam-me gradativamente. Eu farei tudo para domá-la e tê-la em meus braços.

Trajando um deslumbrante vestido de seda preto, desta distância, Katarina parece irradiar uma chama infinita. O jeito como o tecido se acentua com as curvas salientes de seu corpo tornam o trabalho dos meus pulmões arduamente difícil e de repente, vejo-me perdendo o fôlego.

O Padre:(+18) COMPLETOOnde histórias criam vida. Descubra agora