setenta e um

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então parei e pensei enquanto molhava a garganta com mais um gole de café: por que tanta guerra interna? tanta bagunça, tanta cicatriz, mágoa, decepção... por quê? olhei ficsamente para as feridas e me questionei mais uma vez: por que sofri tanto por tão pouco? por que voltar a ferir o machucado, pensando em correr atrás de quem foi o motivo dele estar tão aberto?
e, só aí, me toquei que sou coisa demais pra gente que é tão de menos. que basta me sentir bem, aqui, comigo mesmo, que o resto a gente conquista. é amor próprio que chama, né? poxa, já nem sabia mais o que era isso.
"o tempo". também falavam que a gente tinha que deixar o tempo cuidar de tudo, né? e não é que deu certo? valeu, tempo. você é foda.

tudo que ainda me restouOnde histórias criam vida. Descubra agora