alguém me pergunta como fiz para esquecer a pessoa que era dona de todo meu amor e eu respondo que nunca esqueci.
venho escrevendo compulsivamente sobre alguém que nunca fez o mínimo esforço para devolver o amor que recebia e o pior é que também nunca assumiu se queria algo ou não e ficava naquela corda bamba se equilibrando sem saber para qual lado caía.
segurei choro, mágoa, raiva e até os argumentos mais bem elaborados para tentar fazer durar, mas não durou e eu bati no peito e pisei firme no chão afirmando que desistiria ali mesmo.
minhas costas ainda doem por carregar um peso que eu sabia que deveria ser dividido.
mas, não, eu não esqueci a pessoa para quem doei meu amor.
por mais que eu saiba que a gente não pode amar sozinho, eu gostava de ser a pessoa à quem você recorria quando seu mundo desmoronava, j. só que você encontrou alguém melhor do que eu. e dói.
eu andava tão cansado de tentar encontrar amores que não eram palpáveis que acabei caindo na ilusão de que o seu me encheria as mãos.
não te reconheço mais. ou será que algum dia eu soube quem você era?
você me rendeu dolorosos e bons textos e por mais que eu não queira, sempre haverá uma parte de você em mim e vice-versa. então, obrigado.
acho que esse é um dos primeiros passos; não para esquecer, mas para lembrar com menos dor: o perdão.
eu me[te]perdôo.
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tudo que ainda me restou
Acaknão sei se é história, texto, poesia, conselho ou desabafo. só sei que escrevi e preciso mostrar para quem estiver disposto a me aguentar. você está? esse livro é para quem já passou por poucas e boas. para quem é intenso e quem não é tanto assim ta...