setenta e dois

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querida Linky,
sabe quando você se sente feliz e essa felicidade parece não conseguir se manter no peito, mas aí você se lembra que não tem a quem contar e de repente se sente mal por isso? eu queria te contar, mas isso me faria sentir pior.
é como colocar a sua playlist no modo aleatório para espairecer, mas não surtir efeito algum. é como sair para respirar ar puro, mas esse mesmo ar te sufocar até você não aguentar mais.
eu não quero ser feliz sozinho, por mais que há quem afirme que não temos obrigação de sermos felizes com alguém do lado. eu quero, Linky. isso que eu estou falando não é nenhum bixo de sete cabeças e não há enigma nenhum para decifrar. eu quero ser independente, respirar meu próprio ar, visitar lugares, sair a hora e quando quiser. mas que mal tem, se tiver alguém segurando minha mão nessas ocasiões? isso não tem nem que ser uma pergunta que se faça - na verdade, só estou te contando isso porque você nem existe e, mesmo assim, por favor, não se sinta mal.
eu queria te contar da felicidade que habita em mim, Linky. eu realmente queria. mas como vou contar algo sobre o qual eu não tenho entendimento?

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(só para não deixar aqui tão parado)
logo, iniciarei outra história. espero que acompanhem.
está tudo na minha cabeça ainda, perdido, mas, assim que encontrá-la, trago para vocês.

não desistam de mim, por favor.

tudo que ainda me restouOnde histórias criam vida. Descubra agora