Bem Próximo

Oh sweet L.A

Depois de quase uma semana planejando minha ida a Los Angeles, eu estava realmente pronta para algo novo. Eu já tinha resolvido todas as minhas pendências em Laguna Beach e agora era só arrumar minhas coisas e ir embora. Brennan disse que eu poderia deixar o que fosse menos importante na mansão que depois ele levaria para mim no novo apartamento. Guardei tudo de valor que eu tinha dentro de uma pequena caixa. Não era muito. Apenas a aliança do meu pai, uma foto dele e da mamãe e fotos de nós dois ao longo da minha vida. Festas da escola, natal, formaturas. Tinha uma foto particularmente engraçada. Eu lembro que tinha tirado dele quando recebi minha habilitação. Ele estava emocionado olhando para meu mais novo documento e eu achando toda aquela cena hilária, resolvi tirar uma foto para tirar sarro dele depois.

Era uma pena meu pai ter partido não novo, a vida poderia nos dar momentos maravilhosos juntos. Certamente eu só tinha puxado os olhos da minha mãe, porque eu era idêntica ao meu pai, até no jeito de agir. Ele me dizia muito isso, mesmo quando eu ainda não compreendia o motivo da dor que ele sentia quando olhava em meus olhos. A vida não tinha sido justa com ele, nem ao menos lhe deu a oportunidade de se apaixonar novamente, ou de me dar irmãos. Eu ficaria mais do que feliz se meu pai tivesse arrumado alguém que realmente o amasse.

Guardei meus livros dentro de caixas e Brennan os levou para o carro. Todas as minhas roupas couberam em duas malas, então isso nos deu tempo e espaço.

A viagem até L.A não demorou muito e Brennan estava falando sobre como as coisas na empresa tinham mudado na última semana quando estacionamos em frente a um edifício de pelo menos trinta andares. Ele digitou o código de acesso a garagem subterrânea. Quando abri a porta de trás para tirar a primeira mala, ele pediu-me para parar e que deixasse tudo com ele. Então nós fomos para o elevador e meu estômago estava dando cambalhotas e minhas palmas das mãos estavam suando de tanta ansiedade. L.A que ofereceria muitas oportunidades, inimagináveis até e poder contar com Brennan para isso, levava minha alegria a um nível bem elevado.

Ele entregou-me uma única chave e pediu para eu abrir a porta quando chegamos ao trigésimo andar.

- Sério que a cobertura não é "grande coisa"? - Repeti as palavras dele.

- Bem, cobertura não está na minha lista de "grandes coisas". - Ele piscou e fez um gesto para a porta. - Abre logo, meu anjo.

- Tudo bem. - Mordi o lábio em expectativa e girei a chave, fechando os olhos. Senti Bren colocar a mão nas minhas costas para me guiar para dentro e senti um leve tremor com o toque.

- Beleza, pode abrir os olhos. - A voz dele estava brincalhona e quando abri os olhos, parecia que eu tinha borboletas no estômago. O apartamento era simplesmente perfeito. Só a sala era do tamanho da minha antiga casa inteira, talvez até mais. Os sofás eram de couro e pegavam quase a parede inteira e a julgar pelo tamanho, não era pouca coisa. As paredes ostentavam quadros incríveis. Alguns eram fotos tiradas de Nova York, outros eram confusos. Eu nunca fui boa com esse negócio de arte, mas gostava de ficar olhando. De frente para o enorme sofá, tinha uma lareira realmente grande e uma televisão encaixada na parede. No centro havia uma mesa com livros e uma pequena escultura em cima deles, mas quando bati os olhos nas janelas... Passei direto pela sala e abri as portas que davam para a "pequena" varanda e fiquei sem fôlego quando notei Los Angeles inteira aos meus pés. Daqui, eu conseguia ver os tantas estruturas sólidas como casas, hotéis e os carros não paravam de passar lá embaixo, todos estavam em tamanhos reduzidos.

Nunca pensei que fosse dizer isso, mas acho que cheguei ao topo do mundo. Quando falei isso a Brennan, ele deu uma gargalhada, jogando a cabeça para trás.

- Vai ser ótimo te ter aqui e esse apartamento é perfeito. Eu sei o quanto você gosta de ficar olhando a noite passar e daqui - ele apontou para cima, fazendo-me olhar para o céu estrelado - dá para ver as estrelas e a lua fica esplêndida quando está cheia.