Capítulo Nove

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Andava com uma cara entediada até Josh, ele me olhava com um sorriso amigável.

— Riley me disse que você preferia ficar um pouco mais, eu pensei que você iria querer andar comigo e Jhenny.

— Não, obrigada. — Sorri irônica.

O sorriso amigável que tinha no seu rosto desaparece, dando lugar a um rosto confuso.

— E por que não? — pergunta levantando uma das sua sobrancelha.

— Porque não, Josh. — Bebo minha bebida, que até agora não sei o nome.

— Fala sério, Maya. Por que ?

Reviro meus olhos, não respondi. Josh ficou repetindo sua pergunta: Por que? Até a hora que me cedo e bufo, sentindo meu sangue ferver.

— Presta atenção, porque eu não quero ficar com você, o cara que eu sou apaixona desde os nove anos, e sua divertida, legal, bonita namorada. Quer que eu diga mais alguma coisa? — berro, e depois coloco a mão na testa sentindo uma leve dor na cabeça. — Babaca.

Quando percebo que ele iria ficar só me olhando perplexo, dou as costas pronta para andar, porém sou impedida por sua mão segurando meu braço. Olho para Josh, mas seu olhar estava para algo além de mim.

— Você está... Hã... Você está com ele, bem, você sabe... Está... — O garoto se perde nas palavras, ainda olhando para trás de mim.

Sigo seu olhar até ver Theo encostado na parede, olhando na nossa direção.

— Sim — digo sentindo meu rosto corar.

— Melhor deixar você, já está com companhia. — Dá um sorriso sem mostrar os dentes.

Josh se vira e sai andando de cabeça baixa, senti algo dentro de mim pedindo para segui-lo. Parecia que havia magoado, e essa sensação não é boa, mas ele nunca pareceu incomodo em fazer isso comigo. Vou até Theo com esses pensamentos.

— O que tem entre você e o Schnoop-aloop? — pergunta.

— Não estou com cabeça para contar essa longa história.

— Você está bem? — Coloco sua mão no meu rosto.

— Estou.

Me aproximo de Theo, colando nosso lábios, realizado aquilo que Josh havia interrompido.

                                 {...}

Eu não estou bem, tudo em minha volta gira, acho que estou bêbeda, começo a gargalhar, acho que estou muito bêbada.

— Por que está rindo? — Theo pergunta.

Ele ficou comigo durante todo esse tempo, que se resumia em beijar, conversar, beber, conversar e se beijar, nessa ordem. Estávamos na área de piscina, onde tem aula de natação, ele me disse que essa era uma atividade que as vezes poderia até ganhar ponto, porém nos finais de semanas eles liberam para o alunos se refrescarem.

— Acho que bebi demais. — Sorrio balançando meus pés na água, isso estava me dando uma leve tontura.

— Eu tenho certeza que você está bêbada — disse gargalhando.

— E por que você não está? — digo incrédula, achei que jovens bebiam além da conta.

— Aqui tem festa praticamente em todo final de semana, sempre tem bebida, então digamos que enjoamos e não exageramos como os calouros. Como você pode ver, só calouros estão caindo de tanto beber. — Apontou para frente onde tinha algumas pessoas tontas, dançando, algumas até vomitando e outras dormindo no chão.

Olho para ele e soluço, deito minha cabeça no seu colo.

— O que é tem nessa bebida? — Junto minhas sobrancelha olhando para ele.

— Tem ponche de limão e Vodka, e alguns Barrios de cerveja, mas acho que você só bebeu o ponche. — explicou, mas me desliguei na segunda palavra.

— To com — soluço — sono.

— Tá pronta pra ir embora? — pergunta.

— Claro. — Me levanto do seu colo e pego meu celular do bolso.

Ligo a tela, porém não conseguia enxergar nada, então entrego pra Theo.

— Procura "Caipira 2" — mando.

Ele concorda e mexe no celular, até discar um número e por no viva voz e então aproxima o aparelho do meu rosto.

— Alô? — Lucas atende.

— Não é esse caipira! Esse é o número 1, eu falei o número dois. Desliga! Desliga!

Theo arregala os olhos e desliga, deixando Lucas confuso. Começo a rir e ele também.

— Ainda to com sono — murmuro.

  — Quer dormir um pouco no meu quarto? De lá eu acerto o caipira certo.

Dou de ombros rindo, nem prestando atenção na suas palavras, só escutando uma palavra "dormir".

I Like You, JoshOnde histórias criam vida. Descubra agora