O Recomeço [CONCLUÍDO]

Expulsa de Casa

Erick recentemente me ligou informando que estava já a caminho da minha casa para conversamos sobre nossa relação, mais abertamentamente e assim pedir a minha mãe em namoro.
Parece um sonho que isso ocorra hoje tanto tempo esperei, para que enfim ele encontrasse um espaço na agenda para dedicar a isso.
- COMO ANDA MINHA PRINCESINHA DE MEL, MORRENDO ESTOU DE SAUDADES.

Coloquei a mensagem bem alto para que pudesse escutar na hora que eu quisesse, claro sem que a minha mãe soubesse disso.
O plano já foi armado a algum tempo, e espero que ocorra tudo bem. Está intimado a ocorrer tudo bem, pelo menos é o que aparenta.
Tum, tum.... Fez a vibração em meu aparelho celular na hora .
5 minutos depois o celular começou a tocar e atendi justo na primeira chamada, era o amor da minha vida me ligando.
- Já estou na porta do condomínio te esperando - Disparou no outro lado da linha - Preciso da sua companhia para me aquecer nesse dia frio.
- Você não perde a graça - disse.
- Claro que não - Respondeu.
- Aguarda mais um pouco, porque terei que inventar alguma coisa aqui - E continuei - 10 minutos apenas.
- Tudo bem, contando 9:59, 9:58.
- Larga de ser besta - antes de terminar o tempo estarei aí.
- Aguardo então.

Peguei um casaco de pele e corri escada abaixo, rumo em direção a porta de entrada da sala.
- Onde pensa que está indo, nessa hora - Beatrice pegou em meu ombro - Está tão frio, queria que ficasse aqui em casa. Pelo menos hoje.
- Mais vou ficar, só vou dar uma volta no condomínio hoje.
- Nessa hora, eu posso ir junto - Falou abrindo a porta com força e já saindo.
- Nãão - Gritei bem alto.
- Não estou entendendo você - falou.
- Realmente eu sou difícil de entender, mais quero fazer isso sozinha. - Respondi nervosa.
Beatrice com seus olhos claros esverdeados demonstrou dúvida em seu olhar, mais o que saiu da boca foi uma resposta totalmente diferente.
- Vai lá então, boa sorte em seus exercícios.

Desci correndo até o portão principal do condomínio e logo encontrei ele na porta, esperando para que eu pudesse encontrar - lo.
- Demorou 11 minutos - Falou.
- Ah cala a boca - E acertei-lhe um beijo repentino que ele não esperava que fosse naquela hora.
- Nossa, irei ficar mais tempo fora para ser recebido assim .
- Tá me zuando .?
- Tô.
- Nem pense nisso.
- A Tour agora só tem alguns shows apenas, mais já está em seu fim. Terei mais tempo para nós dois.
- Que bom .
- Onde você quer ir primeiro.? - Perguntei.
- Conversar com a velha - disse.
- Então vamos, então - falei.
Subimos lentamente cada rua, casa esquina daquele condominio. Na VERDADE fiz ele dar uma volta para que demorasse um pouco mais de chegarmos em casa.

A porta ficou entre aberta com apenas uma fresta de luz que era as da sala, a TV estava ligada no último volume. Entramos silenciosamente para dentro de casa, Erick fingiu total sigilo de tudo.
- Voltou - Gritou bem alto dentro da sala para mim.
- Voltei - Disse respondendo a ela.

- Olha ..... - Parou ela na guia da porta da sala como se nunca tivesse visto um Homem na vida. Beatrice balbuciou algumas palavras que aos poucos foram tomando formas, e seus olhos não escondiam total surpresa.
- A, Oi - Disse em tom sem graça olhando Erick de cima para baixo.
- É, então - falou constrangido.
- Posso saber o que está acontecendo, aqui e agora.? Perguntou cética.
Fiz um gesto para que pudéssemos ir para a sala, e aproveitei e ofereci alguns cookies para Erick. Junto com uma Xícara de chocolate, pois estava fazendo muito frio.
- Qual é a surpresa - Falou séria.
- Bem - Disse Erick e logo o interrompi.
- Precisamos conversar sério está noite, colocar algumas entre linhas em ordem.
- Realmente - Falou Beatrice.
- O que acontece, qual o nome dela mesmo.? - Perguntou Erick.
- Beatrice, sua coisa - falou em tom arrogante.
- Pode desenrolar logo menino, o que vocês querem me contar. Ah deixa eu imaginar....
- Imaginar - Perguntei.
- Então o casalzinho aí quer me falar na maior cara de pau que estão namorando, olha eu não suporto cachorrada.
- Sim é exatamente isso, Dona Beatrice. O menino aqui veio pedir a mão da sua filha em Namoro - Respondeu Erick em tom grosseiro.
- Deixa eu ver se eu entendi uma coisinha aqui, então o moleque quer namorar com você.?
- Sim.
- Ah fala sério, estão gozando da minha cara.?
- Não exatamente - Falou Erick - Não entendo o porquê de tanta arrogância da sua parte.
- Olha garoto" você não é a pessoa certa para minha filha - Falou.
- Quem seria uma pessoa adequada para você? Ele é músico - Disse.
- Pode ser músico e para mim essa cachorrada não vai muito longe, afinal era isso que você queria tanto me contar.
- Não exatamente, queria dizer que vamos noivar muito em breve.
- E você faz show em qual bar seu moleque.?
- Não faço show em Bar, faço Turnês pelo mundo com o grupo ao qual trabalho - Respondeu com as mãos tremendo.
- Aham - Me engana que eu gosto bastante disso.

Nos levantamos do sofá e fomos para o corredor, indo em direção a porta.
Quando senti uma mão encostando sobre os meus braços e logo veio um tapa sobre a minha face.
- Não imaginei que criei durante todo esse tempo uma filha puta, então era isso que você queria.
- Você tem noção do que você está falando ? Perguntou.
- Oh moleque, cala a sua boca que o melhor que você faz é ficar quieto.
Erick se colocou na minha frente, fazendo um escudo de proteção entre mim e ela.
- Não quero essa vagabunda aqui dentro da minha casa, NÃO QUERO ESSA VAGABUNDA DENTRO DA MINHA CASA.
E fez com o dedo apontando em direção da porta, informando que saísse de lá.

- Tudo bem, se você quer assim Beatrice (Monstro). Não tem problemas. Emily irá para minha casa, já que agora lá será seu lar.
- Ah vai com essa cachorrada, daqui a pouco ela volta correndo falando que eu estava certa a seu respeito ERICK.

- Gosto de dizer que você está errada em sua afirmação..  - E continuou - Vamos Emily não temos mais nada para falar aqui.
- Vão com Deus meus amores, a mamãe ama muito.

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