Capítulo 33 - Wind of Change.

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Notas a autora: Boa tarde, meus bons! Aqui estou eu sem sumir finalmente, com mais um capítulo fresquinho para vocês. Apesar de meu desaparecimento, eu notei vários votos, e recebi até um comentário da Ferbs04 (muitíssimo obrigada, a propósito), então agradeço a todos que demonstram seu carinho pela fic de alguma forma!

O capítulo de hoje é bem curtinho e objetivo em relação aos outros. Ele é um daqueles que se passa em um episódio da série, no caso, o 09x18 "Idle Hands", que é aquele em que eles começam a usar seus novos aparatos tecnológicos, e o nome do hospital muda. Enfim, verão tudo isso ao longo da leitura.

A música combina apenas em nome, o ritmo e a letra não ornam tanto. Mas é uma música bonita e que traz certa paz ao ouvi-la.

Espero que gostem. Boa leitura!


Às vezes, a vida nos mostra algumas coisas novas. Tudo está em constante mudança, algumas mais drásticas que outras. Um simples corte de cabelo, um celular novo, ou um novo relacionamento. Ouvi falar em alguma série por aí que "O novo é sempre melhor". Em alguns casos é mesmo, mas nem sempre.

— Bom dia, princesa. – ouvi a voz masculina de sotaque irlandês dizendo, antes mesmo que eu abrisse meus olhos. Senti seus lábios tocarem os meus brevemente, até que finalmente visualizei sua figura. Seu rosto ainda estava marcado pelo sono, mas isso não tirava sua beleza estonteante, e seu sorriso brilhante combinado com suas íris azuis me tirava o fôlego. Eu mal podia acreditar que finalmente nós havíamos conseguido. Eu estava genuinamente feliz, depois de tanto tempo miserável. Tirando algumas coisas em minha vida, ela estava quase perfeita. Quase...

— Que horas são? – questionei, ainda zonza de sono.

— Cinco e meia. – respondeu, num ânimo que eu não conseguia acompanhar, principalmente numa hora daquelas da manhã. Ele me acordara uma hora antes do meu horário de costume, e eu sabia que esses 60 minutos fariam muita falta em algum momento do dia.

— Ainda está muito cedo... – reclamei, virando-me de costas para ele e me aconchegando novamente.

— Eu achei que talvez... – falou sugestivamente, subindo os dedos por minhas pernas, até chegar por baixo do tecido de minha camisola. Como um ato reflexo, segurei sua mão a fim de pará-la, agora despertando de verdade. Encarei a parede à minha frente por alguns instantes, sem coragem de virar-me para ele.

Ronan e eu nunca passamos dos beijos. Eu já havia tentado ceder, mas toda vez que as coisas ficavam mais quentes, a lembrança da noite do nosso primeiro encontro vinha à minha cabeça, e eu era obrigada a parar, pois não podia evitar a sensação de que os eventos daquela noite voltariam a acontecer. E eu sabia que ele já deveria estar impaciente, afinal nós dormíamos na mesma cama praticamente todos os dias, mas eu simplesmente não conseguia. Além disso, ele deveria respeitar meu tempo, independente de quanto fosse.

— Okay. – suspirou, já entendendo o recado – Eu vou preparar o café. – tirou a mão de mim e levantou-se da cama, ainda num tom desapontado.

— Ronan... – chamei-o e virei para olhá-lo, e pude sentir uma chama de esperança se acendendo em seus olhos – Desculpe-me. – pedi, e o homem voltou a desanimar-se.

— Está tudo bem amor. Não tenha pressa. – forçou um sorriso, antes de deixar o quarto de vez.

Bufei e cobri minha cabeça com o travesseiro, um pouco envergonhada comigo mesma. Eu sabia que não conseguiria dormir de novo, então decidi tomar coragem e levantar, quase caindo ao pisar em algo mole no chão. Ao retomar o equilíbrio, olhei para baixo e notei que havia pisado em um sapato jogado de Ronan, o que me deixou levemente irritada. Por uma questão pessoal de organização, eu nunca deixei meus calçados espalhados pelo quarto. Mas parecia que o homem não pensava da mesma forma, pois adorava deixar tudo espalhado por todo lugar.

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