Don't Forget Me <Muke Clemmings>

Sex

N/a: põem o coletinho e.e

No final da segunda semana as coisas haviam piorado. Mas já era de se esperar. As faltas de ar que me davam estavam se tornando cada vez mais frequentes. Aquele cara, cujo eu não sabia nem o nome e nem quem era, estava lá comigo. E também tinha a garotinha e o homem de topete. Mesmo não sabendo quem eles eram, o meu sorriso se abria sempre que eles apareciam para mim.

Num sábado a tarde eu estava sentado sobre a cama observando o cara alto tingido de loiro, enquanto procurava por algo na gaveta de uma cômoda.

- Achei!!! - Ele alegou um tanto animado e veio em minha direção, segurando uma pequena caixa de papelão que tinham várias fotos dentro.

O mesmo se sentou ao meu lado, e então começou a me contar, tudo novamente, sobre a minha vida e sobre quem éramos. Eu me surpreendia a cada palavra que ele dizia, como se estivesse escutando tudo pela primeira vez, mas de fato, era. Eu observava atentamente cada fotografia e conseguia sentir, mesmo não sabendo, as emoções transmitidas por elas.

- Você está corado... - Escutei o loiro falso dizer, enquanto me pegou desprevenido com as bochechas rosadas e um sorriso nos lábios.

- Pelo jeito a gente se amava bastante. - Eu falei passando a mão sobre uma foto em que estávamos deitado sobre um gramado, enquanto eu escondia meu rosto em seu peito.

A foto era antiga. Haviam várias que eram e a cada vez em que pegava uma em minhas mãos, eu sentia todo o meu corpo arrepiar-se ao ver os sorrisos estampados em nossos rostos.

- A época em que nós dois éramos felizes e não sabia. - Sua voz saiu num sussurro.

Foi aí então que me virei e passei a encará-lo. Seus olhos esverdeados estavam sem brilho e em baixo deles, haviam olheiras escuras e profundas. Eu nunca tinha visto meu Michael assim, não naquele estado. Naquele momento eu não sabia quem era, mas eu conseguia sentir, mesmo não me lembrando. Hoje, daqui de cima, eu consigo o ver e fico me perguntando se dei muito trabalho antes de partir. Bom, mas nunca obtive respostas.

Depois de um silêncio confortável ele passou a me encarar também e eu consegui perceber que seus olhos estavam marejados. Ainda sem dizer nenhuma palavra, o mesmo se aproximara um pouco mais, fazendo com o que nossas bocas ficassem apenas em pouquíssima distância. Eu conseguia sentir seu hálito quente contra o meu rosto e ouvir claramente nossos batimentos cardíacos. E então, sem mais delongas, o mesmo selou nossos lábios, iniciando um beijo calmo, porém necessitado.

Aquela boca, o seu gosto. Tudo era tão nostálgico. Por mais que eu tentasse me lembrar, não passava de borrões e dores terríveis de cabeça.

- Eu te amo. - Ele sussurrou e me deitou cautelosamente na cama, ficando por cima de mim.

Eu comecei a acariciar seus fios enquanto ele descia seus lábios por minha mandíbula, deixando mordidas de leve. Enquanto isso, em minha cabeça se passava somente uma coisa: Que porra estava acontecendo?! Eu não sabia, mas estava gostando, na verdade, estava amando. Ele continuava a descer, indo em direção ao meu pescoço. Naquele momento eu já estava excitado. Meus lábios estavam entreabertos e minha respiração ofegante. Era como se eu já estivesse estado naqueles braços, e era,de fato, eu só não me lembrava devido a doença.

Sua língua percorreu em sentido ao lóbulo da minha orelha, me fazendo contorcer, soltando um gemido baixinho. Eu pude perceber que o maior estava me provocando, já que fez duas vezes e na segunda vez, apertou seus lábios em minha pele, esfregando sua ereção na minha.

- Posso? - Ele perguntou se referindo a minha camisa, se podia tirá-la.

Sem pensar duas vezes eu assenti e ergui meu tronco para que o mesmo pudesse o fazer. Depois de tal ato, ele arrancou a sua também, jogando em um canto qualquer do quarto. Não foi preciso de muito mais tempo para que ambos estivessem completamente nus. Nossos corpos se encontravam numa sincronia única, enquanto eu vibrava sentindo sua boca percorrer por minha pele, me deixando completamente insano.