Capítulo Nove

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 Cada frase do que o Jonathan acabou de me falar ecoava pela minha cabeça. – “Em todas as posições... Todos os lugares...Todos os jeitos possíveis.. Os inimagináveis... Ainda quero te foder...” – Puta merda! Eu estava completamente fodida.

  – Como?! – Não me julguem, foi a única coisa que consegui responder enquanto olhava aquele homem lindo, com meus olhos arregalados e respiração falha.

 – É isso mesmo, Melissa... – Aquela voz rouca... Meu Deus! – Creio que pensou que iria reagir indiferente? Eu não conseguiria... Aliás, ver você com essa roupa... Essas pernas à mostra... Está me deixando louco, insano, Srta. Cavicchioli.

 – E quem disse que eu quero mais alguma coisa? – Pergunto, brava. Sim, eu fiquei com raiva. Principalmente pelo modo que ele falou, outra frase que ecoava pela minha cabeça “Não até conseguir o que quero”, pelo amor de Deus, ele pensa que sou o que? Afinal, ele já não conseguiu o que queria? – Foi coisa do momento... sentimos tesão um pelo outro e só. Já conseguiu o que queria.

 – Ah, Srta. Cavicchioli, não consegui o bastante de você. E eu mesmo mostrarei para você que ainda quer, mais do que eu. – Me analisa, com aqueles olhos que brilhavam luxuria, até minhas pernas cruzadas. Por instinto as descruzo e cruzo, sentindo uma leve descarga elétrica passar pelo meu corpo e parar no meu estômago. Não sei porque, mas meu coração batia forte no peito. Respiro fundo.

  – Era só isso que precisávamos conversar, Sr. Altherr? – Olho-o nos olhos, quando para de olhar minhas pernas, e levanto meu queixo, desafiando-o falar mais alguma coisa.

 – Por agora só isso, Srta. Cavicchioli – Responde como se não tivesse acabado de falar que ainda queria transar comigo. Filho de uma pu.. – Gostaria que falasse minha agenda. Por enquanto vamos nos focar no trabalho. – Por enquanto... sei..

 Levanto, arrumando meu vestido. – Claro, Senhor, um momento. – Saiu de sua sala, fula da vida. Tudo bem que ele é gostoso e fico totalmente estranha em sua presença, mas insinuar que quer me usar para saciar seus desejos? Ah, Sr. Altherr, eu não funciono assim.

Vou até minha mesa e pego sua agenda. Volto para sua sala e agora ele está parado, em pé, em frente à sua mesa, com os braços cruzados. Esse homem em pé... é um perigo!

– Pela manhã não terá nenhuma reunião, só após o almoço. Mas claro, há muitos projetos para serem analisados. – Informo-o da porta.

 – Ótimo. – Me viro para sair, mas ouço-o chamar pelo meu nome. Me viro, encarando-o. – Se aproxime, por favor.

 Estreito meus olhos – Tenho muito trabalho para fazer...

  – Agora, Melissa! – Fala firme. Uau, chefe mandão! – Me aproximo devagar – Eu não queria, mas parecíamos imãs totalmente opostos –, com as pernas tremulas, equilibrando-me em meus saltos –, sério, parecia que o chão virou uma corda bamba – parando em sua frente. E tudo o que acontece é rápido demais.

 Ele me puxa pela cintura, colando nossos corpos e imediatamente largo sua agenda, deixando-a cair no chão e abraçando seu pescoço com meus braços. Sua boca já está na minha e sua língua pedindo passagem em minha boca. Posso sentir sua ereção já no meu ventre. Meu Deus... esse homem é tesão puro!

 Sua língua, habilmente, explora a minha boca, como suas mãos em minhas costas e cabelo. Solto gemidos entre o beijo. – Adoro seus cabelos... – Sussurra no meu ouvido, enquanto puxava meu cabelo, fazendo minha cabeça ir para trás.

– Percebi isso, você vive os puxando – Me vejo responder, rouca. Sinto uma vibração em meu pescoço e ele está rindo. Deixa um beijo em meu pescoço e me solta, afastando-se, e sentando em sua cadeira. Fico parada, com o cabelo bagunçado, respiração ofegante, excitada e completamente perdida. Mas porque ele...                 

Uma Gota De VinhoOnde histórias criam vida. Descubra agora