Capítulo Vinte Um

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O que eu fiz, afinal? – Ficava me perguntando mentalmente, enquanto observava o homem mais sexy e bipolar sentado na poltrona ao lado, olhando para a janela do jatinho, contraindo seu maxilar, enquanto esperávamos pela decolagem.

– Então... – Começo a dizer, mas respiro fundo. – O que eu fiz? – Pergunto de vez.

– Nada... – Murmura, ainda olhando para a janela.

– Sei... Você é tão irritante! – Solto, batendo minhas mãos nos braços da minha poltrona.

Ele me olha e quando o faz, seu olhar e expressão suavizam, mas seu tom de voz não muda.

– Não me provoque, Melissa, estamos prestes a decolar e não quero te punir enquanto  não estivermos estabilizados.

– Me punir? – Arregalo meus olhos.

Antes que ele responda, é interrompido pela voz do comandante no alto falante.

– Decolaremos neste momento, senhor. Previsão de chegada ao destino em quatro horas. – O comandante nos informa. Uau, só quatro horas? Realmente, jatinhos particulares são rápidos.

E assim, nós começamos a decolar e faço o mesmo que o senhor rabugento: olho para a janela e vejo a pista de vôo e o aeroporto se distanciarem gradativamente, e o céu azul sem nuvens ganhar campo em minha visão. Era uma linda vista, mas não se comparava com um certo azul que existia nos olhos de um certo homem. O homem que me deixava louca, molhada, confusa e extremamente apaixonada.

De repente, varias perguntas surgem em minha mente.

  O que eu e Jonathan Altherr somos? O que eu e ele temos? O que ele sabe sobre mim fora da cama e da minha ficha? O que eu sei sobre ele? Tudo isso realmente importava? Solto o ar com força.

– Já podem tirar os cintos e ficarem a vontade, senhor. – Irrompe a voz do comandante.

– Obrigado! – Responde Jonathan e assim, tira seu cinto e me olha. – Daria tudo pra saber o que esta pensando. – Sussurra, levantado e se ajoelhando em minha frente.

– Digo o mesmo. – Sussurro de volta, olhando para suas mãos abeis soltarem meu cinto e apertarem minha cintura, me fazendo suspirar de excitação e frustração. – Então, vai me castigar?

 – Ah, Melissa, vou! Para você finalmente aprender... – Murmura, começando a distribuir beijos por cima da minha blusa e podia sentir o calor de seus lábios através do tecido da minha roupa.

– Aprender o que? – Questiono-o, levando minhas mãos para os seus cabelos enquanto as perguntas que me rodeavam, evaporavam para longe, fazendo com que outros pensamentos, que envolviam a boca e a língua dele, tomavam seu lugar.

 – Aprender a não tocar ou abraçar nenhum outro homem que não seja eu. – Diz, com sua voz já tipicamente rouca, enquanto levantava minha blusa, até sua boca alcançar meu sutiã, me fazendo tremer desde a raiz de meus cabelos até a pontinha do dedo do pé.        

 – Ciúmes? - Questiono-o novamente. Meu coração começava a bater descompassado e partes do meu corpo começavam a pegar fogo.

 Ele de repente para e me encara. Encaro-o de volta e seus lindos olhos azuis me avaliam e não sei dizer o que se passa na cabeça de Jonathan.

 – Eu não suporto que nenhum homem te toque, não suporto que eles te olhem como eu olho para você, Melissa. – Diz, após torturantes segundos. – E se ciúmes for o nome dado para a raiva que sinto quando você chega perto de outro ou vice versa, então sim, morro de ciúmes de você. – Por um momento sinto que todo o ar da terra sumiu. – Você é minha, Melissa. Desde quando pus os olhos em você.

Uma Gota De VinhoOnde histórias criam vida. Descubra agora