Capítulo Dezoito

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 Estava dentro de meu carro esperando Melissa e sua melhor amiga, Maitê, que vim a descobrir que era uma de minhas funcionárias também. Era uma mulher bem esperta pelo que pude perceber quando conversei com ela outro dia, na academia. Seria uma boa distração para o meu irmão, Tadeu. Não poderia deixá-lo sozinho em uma sexta feira à noite sem conhecer São Paulo e minha balada. Estaria ocupado demais com Melissa. Uma ideia surgiu em minha cabeça quando o gerente de minha balada me ligou... Na verdade, Melissa  me devia essa ideia que me surgiu.

 Mas não poderia ignorar o fato que esperá-la em frente ao prédio estava me deixando bem inquieto. Não tinha me ligado antes, na verdade nem dera tempo de avaliar e pensar em todos os detalhes. Aquele apartamento me trazia boas e más lembranças. Coisas boas sempre podem vir a acontecer com você, mas para todo bem tem que haver um mal ou vice e versa. E Melissa morava no mesmo prédio que Pamela. Droga. O que eu poderia fazer à respeito? Absolutamente nada! O que esperava no momento era que Melissa e sua amiga descessem logo e entrassem em meu carro sem esbarrar com nenhuma presença indesejada.

 E como se tivessem escutado pelo meu apelo, elas aparecem no saguão e logo caminham em direção ao carro. Saiu dele para poder abrir a porta para elas.

 – Guten Abend, Meine Damen. – Cumprimento-as em alemão, pegando a mão de ambas e levando de cada uma até meus lábios, dando um beijo suave.

 – Guti, Guti! – Maitê responde. – Cadê o outro alemão? – Assim que termina de falar, leva uma cotovelada de Melissa. – O que?! – Pergunta com cara de inocente à amiga. Não consigo controlar minha gargalhada.

 – Meu irmão irá nos encontrar lá. Ele prefere ir de moto.

 – Moto é? Hm... Eu queria que...

 – Então... Dirigindo hoje, é? – Melissa interrompe a amiga. – Vai nos falar para onde vamos?

– Ainda não, Srta. Cavicchioli. – Respondo, abrindo a porta do carro para que entrassem. – Vocês irão descobrir já já.

 Maitê entra no carro e fica no banco detrás. Antes que Melissa entre no carona da frente, seguro em seu braço e a puxo pra mim.

– Mas posso falar o quanto está linda e gostosa nesse vestido. Vai me dar trabalho essa noite! – Digo, passando a mão por suas costas que estavam nuas pelo modelo do vestido.

 Melissa suspira e cola mais ainda seu corpo no meu. Incrível como tive vontade de gemer só por senti-la colada a mim, mesmo não tendo aquele contato direto de pele com pele. Já estava sentindo saudade de todo aquele corpo quente.

– Acho que foi essa a minha intenção quando escolhi minha roupa e minha calçinha...

– Ah, Melissa... Quer me enlouquecer?                                

– Talvez... Mas fique sabendo que fiquei tão na dúvida em que calçinha usar... Acabei decidindo em não escolher nenhuma. – Puta que Pariu!

– Você está sem calçinha? – Pergunto, com a voz totalmente rouca e meu pau dando sinais de vida.

– Uhum... – Assenti, mordendo os labios.

– Se não estivéssemos aqui, iria conferir... Mas não irá demorar muito para isso acontecer!

– Jonathan... – Geme meu nome. Sedutora! Fez de propósito.

– Da pra gente ir logo? Olha... Eu não quero ficar de vela... Quero conhecer o gatão! Depois vocês vão para a cama, chão, parede, qualquer lugar! – Maitê nos interrompe.

 Melissa se afasta, lançando um olhar sugestivo para mim e entra no carro. Ah... mas essa noite será muito prazerosa...

***

Uma Gota De VinhoOnde histórias criam vida. Descubra agora