Capítulo Vinte Cinco

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Olhava para... Bem, minha sogra – Meu Deus, como era bom chamá-la de sogra. – parada ao lado de seu marido, na porta do restaurante, ainda não acreditando que a mãe de Jonathan estivesse aqui em Veneza.

Parecia que a Itália virara o Brasil! Só faltava Maitê, Bruno e o Tadeu aparecerem também. Ai o circo estava armado!

E não sabia como agir agora. Será que deveríamos contar que estamos juntos? Quer dizer... Será que Jonathan faria isso? Como ele me apresentaria? Como sua mera secretária e se distanciaria? Conseguiria ignorar o fato de que quase me masturbaria agora, nesse restaurante? Porque, sinceramente, ainda sentia o caminho, que estava pegando fogo, em minha pele.  

 – Mãe? – Ele se levanta, com a expressão surpresa, enquanto a... Qual era o nome dela mesmo? Le... Leo... Leonor! Isso! Enquanto Leonor se aproximava.

 – Filho! Quis fazer uma surpresa! Nada que você faça é despercebido por mim! – Diz, me lançando um olhar, que diria ser suspeito, junto com um sorriso, enquanto o abraçava. Okay, ela sabia sobre nós. Na verdade, suspeitava que soubesse desde nossa primeira conversa.

 – Melissa Cavicchioli! – Victor vem me cumprimentar com um abraço, assim que me levanto. Qual era o problema de todos com meu sobrenome?

 – Victor! – Digo, simplesmente, enquanto retribuía seu abraço e via o modo feroz que o Jonathan olhava para seu padrasto.

 – É muito bom te ver! Estranhamente senti sua falta! – Sussurra em meu ouvido antes de me soltar. Olho-o surpresa e apenas consigo sorrir para ele. Sentiu minha falta? Porque ele sentiria minha falta?

 – Melissa, minha querida, como é bom vê-la novamente! – Diz Leonor, vindo me abraçar também. – Está cuidando bem do meu Jonathan? – Sussurra também em meu ouvido. Ai.Meu.Deus! Sem mais dúvidas.  

 – Como ele de mim. – Respondo, enquanto nos soltamos e trocamos olhares cúmplices. Não havia dúvidas que Leonor quebraria o tabu de que sogras não são legais, eu já a adorava demais.

 – Vamos nos sentar, por favor. – Irrompe Jonathan, enquanto ia até mim e me guiava de volta para o meu lugar. Sento, lançando um olhar, que pedia ajuda e ele apenas dá de ombros, voltando a sentar ao meu lado.

Quando todos estão acomodados, começam as perguntas.

 – Pensei que já estivessem em Livorno, querido. – Leonor se dirige ao filho. – Aconteceu algo?

Todos os olhares se direcionam em Jonathan, que olha para cada um e solta uma risada nervosa.

 – Não, mãe, não se preocupe. Não aconteceu nada. – Suspiro, decepcionada. – Nada de ruim, claro! – Olho-o surpresa e sorrio internamente. Esse homem vai me deixar louca! São vários sentimentos passando por mim em um só segundo, não sei se meu coração aguentaria cada descarga dos mesmos.  

 – E de bom? Aconteceu algo? – Ela pergunta, sua voz soando cautelosa, olhando de mim para Jonathan. O olhar de Victor estava sincronizado com o de sua esposa. Estava começando a ficar inquieta em minha cadeira, minhas mãos tremiam um pouco enquanto segurava o cardápio. Que ridículo, Mel, não tem o porque de ficar assim!

 – Aconteceu. – Ele passa seu braço em meus ombros e me puxa para o seu peito, beijando o topo de minha cabeça. Fecho os olhos, sentindo leves descargas de arrepios sendo lançados, enquanto sentia seu carinho em meu braço. – Aconteceu ela. – Sua voz estava rouca e seu halito quente em meu ouvido, parecia que ele estava confidenciando algo para mim e não respondendo a pergunta de sua mãe.

 – Então vocês estão juntos? – Ouço a voz de Leonor e abro os olhos, despertando um pouco.

 – Sim, mãe. Melissa é minha namorada.

Uma Gota De VinhoOnde histórias criam vida. Descubra agora